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Usina joga poluentes no ar em Wuzhong, na China: Pequim se comprometeu a apresentar na conferência de Copenhague metas concretas de redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa | Reuters
Usina joga poluentes no ar em Wuzhong, na China: Pequim se comprometeu a apresentar na conferência de Copenhague metas concretas de redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa| Foto: Reuters

Grupo de países prepara ação

Port of Spain - Os países da Comunidade Bri­­tânica (Commonwealth), que reúne mais de um quarto da população mundial, lançaram uma iniciativa diplomática para promover um abrangente acordo climático global, a ser definido na conferência de Copenhague.

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Reunião

Dinamarca diz que 85 líderes participarão de cúpula em Copenhague

Reuters

Copenhague - Mais de 85 chefes de Estado e de governo informaram a Dinamarca que irão participar da conferência climática em Copenhague no mês que vem, segundo o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen. "Até agora a resposta tem sido extremamente positiva", afirmou Rasmussen.

Mais de 190 países se reunirão na capital da Dinamarca entre os dias 7 e 18 de dezembro para negociar um novo acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto no combate à mudança climática.

Entre as principais divergências estão os objetivos de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e como levantar bilhões de dólares para ajudar os mais pobres a lidar com o impacto do aquecimento global.

China

O governo chinês, depois de ter anunciado, na quinta-feira, uma meta de combate ao efeito estufa, disse na sexta que apenas as reduções nas emissões executadas com apoio financeiro internacional devem ficar abertas ao escrutínio externo, provavelmente uma "proporção muito pequena" das reduções totais realizadas pelo país asiático.

Yu Qingtai, o embaixador da China para a mudança climática, acrescentou que o mundo não deveria esperar que o governo de Pequim adotasse uma nova meta para reduzir o crescimento nas emissões de gases causadores do efeito estufa – descrita por alguns como modesta – porque ela representava "o máximo de nossos esforços".

Madri - Os anúncios dos Estados Unidos e da China de metas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa aumenta a possibilidade de êxito da conferência de Copenhague sobre o clima, a ser realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro. O otimismo parte de organizações como o Grupo Inter­governamental de Especialistas sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e as Nações Unidas.

"Tenho uma confiança razoável de que Copenhague será um sucesso. Espero um compromisso que dará início ao processo para um acordo sólido no México, onde haverá uma nova cúpula sobre o clima em 2010", declarou Rajendra Pachauri, presidente do IPPC, em Madri.

Caso fracasse a conferência dinamarquesa, a cúpula mexicana terá a função de elaborar o tratado global destinado a substituir o Protocolo de Kyoto, cujas metas expiram em 2012.

"O anúncio dos Estados Unidos de reduzir em 17% as emissões de CO2 até 2020 em relação aos níveis de 2005, depois em 30% até 2025 e em 42% até 2030 é um passo alentador e importante", embora não esteja à altura do que a Europa e o mundo inteiro querem", ponderou o representante do IPCC.

Pachauri, no entanto, manteve a prudência: "O que (Washington) disse ainda não foi ratificado pelo Congresso americano".

O compromisso assumido pela China também foi comemorado pelo especialista. "Os objetivos anunciados pela China são um primeiro passo", afirmou, referindo-se ao anúncio feito pelas autoridades de Pequim sobre uma meta de redução de suas emissões de carbono por unidade do PIB de 40% a 45% até 2020 em relação a 2005, o que concretamentese traduzirá em um freio no aumento de suas emissões poluentes.

Pachauri não descartou a hipótese de que outros países em desenvolvimento, como o México e a Índia, anunciem em Cope­nhague compromissos e números, "se os países desenvolvidos colocarem objetivos ambiciosos na mesa".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também vê possibilidade de sucesso da conferência de Copenhague. "Não podemos falhar. O sucesso em Copenhague está à vista. Precisamos aproveitar o mo­­mento para fechar um acordo", disse Ban, convocando todos os líderes mundiais a participar do encontro na capital dinamarquesa, entre 7 e 18 de dezembro.

Ban está convencido de que Copenhague dará espaço para uma declaração sobre a necessidade de se fixar objetivos para reduzir a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

O secretário-geral advertiu que apenas os chefes de Estado e de Governo poderão adotar as decisões para que seus países reduzam as emissões de carbono.

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