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Manila (Reuters) – A presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, intensificou ontem a ação contra suspeitos de terem armado um golpe contra ela, com o registro policial de 16 casos de rebelião. Arroyo apareceu na televisão um dia depois de dezenas de fuzileiros navais terem desafiado brevemente o estado de emergência decretado por ela sexta-feira, devido a um complô que, segundo suspeitas, incluiria planos de matá-la. Mas a presidente, que sobreviveu a uma tentativa de impeachment no ano passado por alegações de fraude e corrupção na eleição de 2004, não deu sinais de quando o estado de emergência será cancelado.

Em vez disso, retomou uma antiga promessa de melhorar as condições dos militares do país, que estão desmoralizados. O estado de emergência permite prisões sem mandados e amplia os prazos para detenções sem acusação. O secretário de Defesa, Avelino Cruz, disse que mesmo após sua revogação o governo "não baixará a guarda".

A tensão nas ruas diminuiu um pouco depois do impasse de cinco horas, no domingo, em uma base militar em Manila, onde cerca de cem fuzileiros navais pediram apoio público contra a demissão de seu comandante, por sua suposta ligação com o complô. As escolas estão fechadas, mas o comércio está funcionando normalmente na capital, com lojas e escritórios abertos e sem tropas nas ruas.

A polícia disse que das 16 pessoas que serão acusadas de rebelião, quatro são integrantes esquerdistas do Congresso. Jose de Venecia, presidente da Câmara dos Deputados, disse que concordou em entregar os deputados esquerdistas Rafael Mariano, Teodoro Casino, Satur Ocampo e Lisa Masa ao Departamento de Justiça. "Nenhum congressista está acima da lei", afirmou Venecia.

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