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Washington – O aumento sem precedentes do comércio de marfim, proibido em 1989 por um tratado internacional, provocou um massacre de pelo menos 23 mil elefantes em 2006, segundo estudo do professor Samuel Wasser, diretor do Centro de Biologia da Conservação da Universidade de Washington.

Quando a proibição entrou em vigor, o preço de um quilo de marfim era de US$ 100 no mercado negro. Em 2004, esse preço havia subido para US$ 200, e, no ano passado, a grande demanda fez com que chegasse a US$ 750.

Segundo Wasser, a espécie desaparecerá da face da Terra se os países ocidentais não tomarem medidas mais enérgicas contra o comércio de marfim. O elefante africano é o mamífero mais pesado e o segundo mais alto do reino animal. Suas presas podem ter dois metros de comprimento e pesar 60 quilos cada uma.

Em seu estudo, o cientista afirma que a diminuição do número de elefantes terá conseqüências graves não apenas para a espécie, mas também para o hábitat. "Os elefantes são uma espécie importante, e eliminá-la significa alterar o hábitat. Isto tem conseqüências para muitas outras espécies", disse.

Wasser afirmou que, entre agosto de 2005 e agosto de 2006, as autoridades africanas apreenderam mais de 23.400 quilos de marfim contrabandeado. No entanto, segundo adverte o biólogo em seu estudo, sabe-se que os agentes alfandegários conseguem detectar apenas 10% do contrabando. Portanto, a quantidade real de marfim contrabandeado é de cerca de 234 toneladas. Isto significa, acrescenta Wassers, que foram mortos mais de 23 mil elefantes, que equivalem a 5% da população africana da espécie.

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