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coronavírus austrália
Pessoas esperam na fila do lado de fora de um centro de assistência social do governo australiano, em Melbourne| Foto: William WEST/AFP

A Austrália fechou todos os serviços não essenciais devido ao aumento acentuado de diagnósticos positivos para coronavírus nos últimos dias. Em dois dias, o número de casos confirmados passou de 800 para 1.500, segundo a Universidade Johns Hopkins, que está monitorando o coronavírus no mundo.

Com a medida anunciada pelo primeiro-ministro, Scott Morrison, pubs, clubes, academias, cinemas e locais de oração terão que fechar as portas a partir desta segunda-feira (23). Restaurantes e cafés só poderão funcionar com serviço de entrega a domicílio. Permanecerão abertos supermercados, farmácias e postos de combustíveis.

As escolas também continuarão funcionando, mas o primeiro-ministro informou que, se os pais optarem, podem manter seus filhos em casa. "Não quero ver nossos filhos perdendo um ano inteiro de educação", disse Morrison.

Corrida pelo seguro-desemprego

O fechamento de serviços não-essenciais promete causar um efeito devastador à economia do país e o aumento do desemprego é esperado. Para tentar amenizar esse cenário, o governo anunciou que vai distribuir mais 550 dólares australianos aos desempregados, por seis meses, além do que eles já recebem pelo sistema de ajuda social, chegando a um total de $1.100 por pessoa. A medida custará aos cofres públicos 14 bilhões de dólares australianos, segundo o jornal The Guardian.

Além disso, ficará mais fácil ter acesso ao seguro desemprego. O governo não vai exigir comprovação de renda líquida, o que permitirá que as pessoas acessem o benefício sem reduzir suas economias.

As mudanças causaram problemas de acesso ao site oficial do sistema de assistência social australiano devido ao grande tráfego de pessoas buscando pelo seguro desemprego, segundo a ABC News Australia. Mais de 55 mil pessoas estavam tentado acessar o site governamental ao mesmo tempo. Nas ruas, filas em frente às unidades do Centrelink contornavam quarteirões nesta segunda-feira (23).

"Há uma demanda sem precedentes pelo serviço no momento, mas os australianos precisam ser pacientes", disse o ministro dos Serviços Governamentais, Stuart Robert.

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