O ex-universitário James Holmes, que matou 12 pessoas e feriu 58 no mês passado dentro de um cinema do Colorado, tem uma "doença mental" e procurou ajuda antes do massacre, disse seu advogado no tribunal na quinta-feira (9).
O defensor público que representa Holmes fez, durante uma audiência sobre o acesso da imprensa a documentos do processo, repetidas alusões a uma doença mental não especificada, no primeiro sinal de uma possível estratégia da defesa baseada na inimputabilidade do acusado.
"Ele tentou obter ajuda para a sua doença mental", disse Daniel King sobre seu cliente, de 24 anos, que responde por 24 acusações de homicídio doloso e 116 de tentativa de homicídio. Ele responde por duas acusações de assassinato por cada vítima morta no massacre - uma por assassinato em primeiro grau e outro por assassinato com extrema indiferença.
Holmes foi ao tribunal com a barba por fazer e vestindo uniforme marrom de presidiário, com algemas nas mãos e tornozelos. Seu cabelo, antes tingido de laranja, agora está desbotando e ficando rosa. Ele olhou para frente na maior parte do tempo, e não conversou com os advogados.
Documentos protocolados há duas semanas pela defesa diziam que Holmes havia se consultado com a diretora de saúde mental discente do campus onde ele estudava até desistir da sua pós-graduação em neurociência.
Essa psiquiatra, Lynne Fenton, alertou a polícia do campus e uma equipe de avaliação de ameaças internas sobre o comportamento do seu paciente.
Advogados de Fenton e do policial a quem a denúncia foi feita não quiseram falar para comentar esses relatos. A universidade também não quis se pronunciar, mas informou ter contratado um ex-procurador federal para investigar seu relacionamento com Holmes.
Como em muitos Estados dos EUA, profissionais de saúde mental do Colorado são obrigados a alertar às autoridades se considerarem que um paciente representa uma ameaça iminente de violência física contra um alvo específico.
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