• Carregando...

Autoridades do Grupo 5+1 e de outros países que mantêm relações com o Irã avaliaram positivamente o acordo nuclear alcançado no início deste domingo (24) em Genebra.

Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou que Israel e seus aliados do Golfo "têm boas razões para ser céticos sobre as intenções do Irã", apesar do acordo fechado em Genebra sobre o programa nuclear do país islâmico.

No entanto, o presidente insistiu na promessa dos EUA de impedir que o Irã conseguisse construir uma bomba atômica, para o que "foi dado um importante primeiro passo" que, ressaltou, "torna o mundo mais seguro".

Obama disse ainda que o acordo congelará durante os próximos seis meses o programa nuclear do Irã com o objetivo de que este seja "completa e exclusivamente para objetivos pacíficos".

França

O presidente francês, François Hollande, classificou como "passo importante na direção certa" o pacto de política nuclear.

"O acordo alcançado respeita as exigências feitas pela França em matéria de estocamento e de enriquecimento de urânio, da suspensão da abertura de novas instalações, de controle internacional", disse Hollande em comunicado.

O presidente francês afirmou que "o acordo interino (...) constitui uma etapa rumo ao fim do programa militar nuclear iraniano e, portanto, rumo a uma normalização de nossas relações com o Irã".

"A França continuará se mobilizando para chegar a um acordo final sobre este assunto", concluiu.

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que o acordo deixa o Irã "mais longe de obter armas nucleares".

O pacto entre Irã e o Grupo 5+1 "demonstra como podem ser de persistentes a diplomacia e duras as sanções para nos permitir avançar em nossos interesses nacionais", afirmou o chefe de governo conservador do Reino Unido.

Cameron cumprimentou o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, e o secretário de Estado americano, John Kerry. "Foi bem feito. O bom avanço sobre o Irã está longe do final, mas é uma amostra de que a pressão funciona", ressaltou.

Hague disse que o acordo "mostra que é possível trabalhar com o Irã". Em sua conta oficial no Twitter, Hague, um dos signatários do pacto de Genebra, postou que as negociações foram "conscienciosas" e que agora começa "o duro trabalho de aplicar e construir o acordo".

Alemanha

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou que o acordo representa "um ponto de inflexão" nas relações com Teerã.

"Devemos utilizar os próximos meses para construir uma confiança recíproca", visando a uma solução definitiva, opinou Westerwelle. "Estamos preparados e esperamos o mesmo do governo iraniano".

Síria

O regime sírio classificou o acordo como "histórico", informou à agência oficial de notícias, "Sana", uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.

A mesma fonte declarou que o acordo é um primeiro passo para um esforço internacional para libertar a região do Oriente Médio de todo tipo de armas de destruição em massa.

No entanto, o porta-voz afirmou que "Israel é o único obstáculo que impede de conquistar esse fim, porque é a única parte que dispõe de armas nucleares e rejeita pôr suas instalações sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica".

Rússia

"Foi um longo e complexo trabalho, mas no final das contas prevaleceu o bom senso. O resultado de Genebra é um ganho para todos", afirma uma declaração do Ministério das Relações Exteriores russo divulgada em seu site.

A Chancelaria russa destacou que a solução encontrada em Genebra influirá positivamente na situação no Oriente Médio e, em particular, ajudará a "superar a perigosa tendência dos últimos anos, quando se tentou resolver pela força situações conflituosas e de crise no Oriente Médio".

Ao mesmo tempo, na opinião da Rússia, o acordo deixa aberta a possibilidade de que o Irã possa exercer seus direitos inalienáveis como país membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Conselho Europeu

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, avaliou "o compromisso e a coragem" demonstrados por todas as partes, e em particular pelo Irã com seu novo presidente, Hassan Rohani, para carimbar o acordo sobre o programa nuclear iraniano.

"É um passo importante tanto para o Irã como para o resto da comunidade internacional, para oferecer garantias que demonstrem a natureza pacífica do programa nuclear iraniano. Resolver essa questão de maneira efetiva terá efeitos significativos em nível regional e global", disse em comunicado.

Rompuy parabenizou todos por seus esforços, e em particular a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, "por seu papel crucial como negociadora" nas conversas. "Sua dedicação e perseverança foram fundamentais na hora de negociar esse primeiro acordo", acrescentou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]