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Mais de cem operações antiterror foram feita somente nesta segunda-feira (16) | PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS
Mais de cem operações antiterror foram feita somente nesta segunda-feira (16)| Foto: PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS

A polícia francesa já prendeu 23 pessoas para interrogatório e apreendeu 31 armas (quatro de “guerra”) em buscas realizadas desde domingo (15). Mais de cem operações antiterror foram feita somente nesta segunda-feira (16). O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse também que 104 pessoas estão em prisão domiciliar e que há mais de 160 registros de investigação. Parte das pessoas detidas são parentes ou conhecidos dos terroristas responsáveis pelos ataques da última sexta-feira (13). Bélgica e Alemanha também colaboram com as investigações em seus países.

Cazeneuve também disse que está em curso a dissolução de associações culturais que escondem fins violentos e a busca por mesquistas onde se defende a violência, cujo fechamento será decretado pelo governo nos próximos dias.

Ainda nesta segunda (16), a política francesa descobriu um apartamento em Drancy, no subúrbio de Paris, onde vivia Samy Amimour, 28 anos, identificado como um dos três terroristas que mataram 89 pessoas na casa de show Bataclan. Ele se suicidou com a explosão de uma bomba durante o ataque. Amimour nasceu na região em 15 de outubro de 1987. O radicalismo religioso teria começado quando passou a frequentar uma mesquita da cidade – a reportagem esteve no local, mas seus dirigentes não quiseram dar entrevista. Em outubro de 2012, Amimour foi indiciado em uma investigação sobre terrorismo. Teria violado a supervisão da Justiça e fugido da França no ano seguinte. Foi parar na Síria.

Bélgica

A polícia belga descobriu que três dos oito terroristas moravam em Molenbeek-Saint-Jean, distrito da Grande Bruxelas. Abdelhamid Abaaoud, filho de imigrantes marroquinos e considerado o mentor intelectual dos ataques, e Salah Abdeslam, acusado de ser um dos executores, estão foragidos. E Ibrahim Abdeslam, irmão de Salah, explodiu-se após atacar a tiros cafés e restaurantes parisienses. No sábado (14), a polícia encontrou no distrito um dos carros utilizados em alguns dos ataques.

Alemanha

A polícia alemã informou também nesta segunda (16) que deteve um homem argelino em um centro de recepção de refugiados. O homem, detido na cidade de Arnsberg, no oeste do país, está sendo investigado por suspeitas de ter dito a refugiados sírios no centro que o medo e o terror se espalhariam pela capital francesa.

Ele também teria falado sobre uma bomba. O promotor público de Arnsberg, Werner Wolff, disse que estão sendo realizadas checagens para verificar se as alegações têm credibilidade. "Há atualmente investigações sobre se o homem é um cúmplice ou um confidente", disse Ralf Jaeger, ministro do Interior do Estado da Renânia do Norte-Vestefália (RNV).

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