As autoridades e a Polícia chinesa pediram a seus cidadãos que "estejam atentos" a possíveis fraudes relacionadas com o suposto fim do mundo, datado nesta sexta-feira segundo o calendário maia, e asseguraram que os rumores "causaram certa inquietação e pânico de compra" em algumas localidades.
Segundo informa o "China News Service", a Polícia de uma cidade da província de Sichuan (centro do país) deteve na semana passada dois homens por divulgar informação sobre a profecia do fim do mundo "que tentavam persuadir os moradores a se juntarem a um culto".
Desde o início do mês, 93 membros de seitas e outras organizações que divulgaram rumores sobre um suposto fim do mundo, segundo informou nesta segunda-feira a agência oficial "Xinhua".
Das detenções destacam-se 41 membros da chamada "Igreja do Deus Todo-Poderoso" nas províncias chinesas de Qinghai e Mongólia Interior, acusados de divulgar a ideia que a partir de 21 de dezembro "o Sol deixará de brilhar e não haverá eletricidade durante três dias". Na operação, a polícia apreendeu discos, livros, cartazes e impressoras usadas para divulgar as mensagens.
Em outras cidades desta província se constatou, nos últimos dias, uma excessiva compra de velas - até o ponto de ficar sem reservas - depois que circularam vários rumores que apontam para "três dias de escuridão" a partir da sexta-feira.
As autoridades da província de Shanxi (centro) advertiram que os membros de "algumas organizações ilegais" estão tentando convencer vários cidadãos a se juntarem a seus cultos "com a promessa da segurança".
Concretamente, o Governo acusou o culto "Deus Todo-Poderoso", qualificado de "seita perversa" pelo Governo central, de "se aproveitar" da situação para buscar novos membros.
A crença, que assegura que uma mulher da China continental é a enviada de Jesus Cristo, é conhecida entre as comunidades cristãs por suas táticas agressivas para conseguir novos devotos.
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