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O avião Antonov peruano que vai levar Alberto Fujimori de volta ao Peru para ser julgado aterrissou na manhã deste sábado (22) no aeroporto de Santiago, onde está à espera da chegada do ex-presidente, cuja extradição foi aprovada na sexta-feira (21) pela Corte Suprema do Chile.

Segundo fontes citadas pelo "Canal 13" de televisão e emissoras de rádio, o avião da Polícia peruana chegou de Tacna, no Peru, só espera a chegada do ex-presidente peruano para iniciar o vôo de volta.

Fjimori permanece em sua residência, no condomínio de Chicureo, no norte de Santiago.

A bordo do Antonov, que teve que fazer uma escala técnica na cidade chilena de Antofagasta, 1.400 quilômetros a norte de Santiago, estão o diretor-geral da Polícia, David Rodríguez, quatro oficiais da Interpol e médicos que examinarão Fujimori.

Segundo o site do jornal "La Tercera" e a "Rádio Bío-Bío", um acordo entre as Chancelarias do Chile e do Peru permitiu que os policiais peruanos escoltem Fujimori do aeroporto de Santiago até Lima. ExtradiçãoFujimori será extraditado para o Peru após a Suprema Corte do Chile aprovar, nesta sexta-feira (21), o pedido feito pelo governo peruano por casos de corrupção e abusos dos direitos humanos.

Segundo o juiz Alberto Chaigneau, presidente da Vara que decidiu sobre o caso, nas acusações dos massacres cometidos em Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), a extradição de Fujimori foi aprovada por unanimidade, assim como no caso dos subornos pagos a congressistas.

Quanto aos outros quatro crimes de corrupção pelos quais a extradição de Fujimori à Justiça peruana foi aprovada, a votação ficou dividida, informou Chaigneau.

Atualmente, Alberto Fujimori, de 69 anos, cumpre prisão domiciliar em uma mansão que alugou em um luxuoso condomínio em Chicureo, ao norte de Santiago.

O ex-presidente peruano, que deixou o Japão para morar no Chile em 6 de novembro de 2005, ficou detido seis meses na Escola de Gendarmaria (Serviço de Prisões) chilena, até obter liberdade provisória, em maio de 2006. Em junho deste ano, Fujimori voltou a ficar sob prisão domiciliar.

O Estado peruano pediu a extradição do ex-governante do país para que seja julgado por dez crimes de corrupção e dois de violações aos direitos humanos.

RecursoFujimori não recorrerá da decisão da Suprema Corte do Chile que aprovou sua extradição ao Peru e, portanto, pode voltar ao seu país nas próximas 24 horas.

Gabriel Zaliasnik, um dos advogados de defesa do ex-governante peruano, disse que Fujimori não recorrerá da sentença, minutos depois de o juiz Alberto Chaigneau, presidente da Vara que decidiu sobre o caso, ter anunciado o veredicto.

Zaliasnik disse que o ex-líder peruano (1990-2000) deu instruções para que acatasse qualquer decisão e que não apresentasse recursos que pudessem retardar o "cumprimento" da mesma.

Embora o veredicto seja definitivo e sem lugar para apelação, a legislação chilena permite que as partes recorram de aspectos formais do julgamento. Isso, apesar de não mudar o conteúdo, pode adiar o cumprimento da sentença.

A decisão anunciada pela 2ª Vara Penal do máximo tribunal chileno anulou o veredicto de primeira instância emitido em 11 de julho pelo juiz Orlando Álvarez, que havia rejeitado o pedido de extradição apresentado pelo Estado peruano.

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