Duas aeronaves antissubmarino do Exército de Libertação Popular entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan na noite de quarta-feira (16), mas foram rapidamente repelidas pela Força Aérea da ilha, informou o Ministério da Defesa de Taiwan nesta quinta-feira (17).
O incidente ocorreu horas antes da chegada do subsecretário de Estado dos EUA, Keith Krach, ao território insular, o que deixou as autoridades chinesas furiosas. Pequim vê Taiwan como uma de suas províncias e avisou que a visita de mais um funcionário sênior da Casa Branca à ilha – o secretário de Saúde, Alex Azar esteve lá um mês atrás – viola acordos de relações diplomáticas entre os EUA e a China. Os americanos não reconhecem oficialmente Taiwan como um país, mas possuem laços econômicos e informais com a nação insular.
Krach deve comparecer, no sábado, a um memorial para o ex-presidente de Taiwan Lee Teng-hui, conhecido como o "pai da democracia" da ilha. Ele também deve se encontrar com a presidente Tsai Ing-wen.
As autoridades chinesas prometeram retaliar o que chamaram de provocação e violação da política "uma China". "A medida não apenas encoraja as forças separatistas na ilha, mas também prejudica as relações sino-americanas e a estabilidade no estreito de Taiwan", disse o porta-voz do Ministério das relações Exteriores Wang Wenbin. "A China dará uma resposta necessária de acordo com a evolução da situação".
Além da visita de Krach e de Azar, uma nova venda de grandes sistemas de armas dos EUA à Taiwan também aborrece a China. Os americanos planejam vender mísseis, minas e drones ao governo de Taiwan, segundo a Reuters.
Enquanto as relações diplomáticas se deterioram, aumentam as ameaças militares da China à Taiwan. Incursões no espaço aéreo da ilha, como a que ocorreu nesta quarta, tem sido registradas com frequência em 2020. Na semana passada, Taiwan denunciou grandes exercícios militares realizados pelos chineses na costa sudoeste da ilha.
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