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Santiago – A presidente do Chile, Michelle Bachelet, completa hoje cem dias no poder. Apesar dela vir cumprindo a maioria das 36 medidas anunciadas durante a campanha, uma pesquisa divulgada ontem pelo jornal chileno La Tercera indica uma queda de 11 pontos na aprovação à gestão da presidente.

A queda no índice pode se explicar pela greve de estudantes secundaristas realizada em maio e no princípio de junho, considerada a maior mobilização estudantil em mais de três décadas no país. Mesmo assim, Bachelet vem cumprindo a maioria das 36 medidas anunciadas durante a campanha e conta com a aprovação de 56% da população, segundo a pesquisa.

"A tarefa está cumprida", diz a presidente. Suas promessas de campanha, descritas por ela como "o início de um grande processo de reforma", são majoritariamente voltadas para os setores mais pobres da sociedade. Entre as medidas já executadas estão o reajuste das aposentadorias, mais bolsas de estudo para crianças em jardins de infância e para jovens nas universidades, além de um plano de emprego.

Outras medidas ainda não foram cumpridas, pois tramitam no Congresso. Entre elas, está um projeto que estabelece cotas para jovens de baixa renda em universidades e outro para a melhoria da educação pré-escolar de crianças pobres.

Ao completar cem dias na presidência, Bachelet voltou a defender um tema que lhe é caro: a participação das mulheres. Primeira mulher a chegar à presidência do Chile ela afirma que a questão "não é um tema feminista, mas de justiça".

Uma das próximas batalhas políticas de Bachelet é aprovar uma das medidas prometidas que ainda estão no Congresso. Trata-se de uma mudança no sistema eleitoral chileno. O atual sistema, denominado ‘binominal’, prejudica os partidos minoritários e os independentes. Os três antecessores de Bachelet tentaram mudá-lo, mas não obtiveram sucesso.

Aprovação

56%

É a aprovação popular da gestão da presidente do Chile, Michelle Bachelet, de acordo com pesquisa do jornal La Tercera. Em maio, a aprovação era de 67%.

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