• Carregando...
Michelet Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos
Michelet Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos| Foto: Sebastian Rodriguez/Governo do Chile

A Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, se referiu nesta segunda-feira (21) a "preocupações críticas de direitos humanos" que ocorreram em Formosa, na Argentina, no início do ano. O informe oral de Bachelet foi feito durante a abertura da 47ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

No início do ano, o governador da província do nordeste do país, Gildo Isfran, aliado de Cristina Kirchner, foi alvo de várias denúncias de violações de direitos humanos ao impor restrições draconianas por causa da pandemia de Covid-19.

Houve situações, de acordo com relatos recebidos pela ONG Anistia Internacional, em que pessoas saudáveis eram colocadas em isolamento preventivo e obrigatório junto com infectados com Covid-19. Os centros de isolamento eram vigiados por policiais e muitas pessoas chegaram a ficar um mês em isolamento – muito além dos 14 dias recomendados pela OMS. Naquele período, comunidades indígenas wichis realizaram protestos contra as medidas de isolamento do governo de Isfran e foram reprimidos pela polícia local.

"Na Argentina, a equipe da ONU no país foi rapidamente mobilizada para responder às preocupações críticas de direitos humanos na província de Formosa, no nordeste do país, quando a pandemia a atingiu", disse Bachelet.

"O coordenador residente da ONU liderou uma missão de avaliação virtual com a participação do UNICEF, UNFPA, OMS/OPAS e Acnudh. Em seguida, iniciou consultas com as autoridades sobre um possível programa estratégico conjunto da ONU para responder à emergência de saúde na província de acordo com os padrões internacionais de direitos humanos, que inclui a abordagem de uma série de problemas estruturais, com atenção especial aos povos indígenas e populações vulneráveis", acrescentou.

Após a repercussão da declaração de Bachellet, o governo argentino de Alberto Fernández emitiu uma nota dizendo que a referência à Argentina havia sido positiva, já que foi citada como um exemplo em que o governo trabalhou junto com equipes da ONU para responder à emergência sanitária de acordo com os padrões internacionais de direitos humanos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]