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O bailarino Nikolai Tsiskaridze entrou na Justiça russa nesta terça-feira (9) contra o Balé Bolshoi para pedir que sejam anuladas as advertências que recebeu por dar entrevistas. O diretor do Bolshoi, Anatoly Iksanov chegou a citar em fevereiro que ele viu o ataque Filin como "um resultado lógico dos excessos criados acima de tudo por Tsiskaridze na imprensa" e acusando o dançarino de "difamação". Ele e muitos artistas da companhia de dança russa disseram suspeitar de uma ampla conspiração.

Em janeiro, o diretor artístico do balé do Teatro Bolshoi, Sergei Filin, foi atacado. Ele sofreu graves queimaduras no rosto e corria o risco de perder a visão. Filin foi transferido para um hospital na Alemanha, onde se recupera após se submeter a uma série de cirurgias.Tsiskaridze disse à rede britânica BBC que se sentia o principal alvo do ataque. Ele disse que a direção do Bolshoi estava usando-o como pretexto para uma "caça às bruxas", e comparou o ambiente atual do teatro ao clima de terrorismo de Estado da época do ditador soviético Josef Stalin (1879-1953).

Tsiskaridze pediu um tribunal de Moscou a anulação de duas advertências por escrito que havia recebido da direção do balé.Um grande número de advertências desobrigaria o teatro a pagar os encargos trabalhistas, caso viesse a demitir Tsiskaridze.

O ataque a Filin chegou a ser confessado, segundo a política, pelo bailarino Pavel Dimitrichenko, que continua preso enquanto aguarda julgamento. A polícia russa ainda investiga as circunstâncias do crime.

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