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São Paulo - Frente a uma das piores tragédias naturais a devastar o país, o Banco Central japonês apelou ontem a uma receita clássica para estimular economias combalidas: ofereceu dinheiro farto a custo muito baixo aos bancos, na esperança de manter o fluxo do crédito para empresas e consumidores.

O BC do Japão realizou injeção histórica de 15 trilhões de ienes (cerca de US$ 184 bilhões, ou o dobro da receita do governo do Estado de São Paulo) no sistema financeiro, prometendo ainda mais. E manteve a taxa básica de juros do país em torno de 0,10%, sem evitar, porém, derrocada quase generalizada dos mercados mundiais.

Somente a Bolsa japonesa derreteu 6,2%, o seu maior tombo diário em mais de dois anos. As demais Bolsas, no melhor dos casos, tiveram ganhos moderados, a exemplo de Hong Kong (0,41%). Em Paris, Londres e Frankfurt, os ativos se desvalorizaram entre 0,9% e 1,6%, enquanto na praça de Nova York a Bolsa cedeu 0,4%.

A brasileira Bovespa quase seguiu pelo mesmo caminho, mas fechou em alta de 0,7%, pois investidores julgaram que algumas das multinacionais brasileiras devem ser favorecidas pelos efeitos do desastre natural sobre as concorrentes.

O terremoto e o tsunami também foram catastróficos para o sistema portuário, com prejuízos estimados em US$ 3,4 bilhões diários. "O impacto de curto prazo na atividade econômica poderá ser até maior do que o terremoto de Kobe [registrado em 1995]’’, afirmou o analista Jiyun Konomi, do influente banco japonês de investimentos Nomura.

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