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Caracas – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ontem que o Banco do Sul será criado oficialmente na próxima segunda-feira, em Caracas. O anúncio foi feito durante "um recesso da reunião da Comissão Central de Planejamento" econômico da Venezuela, presidida por Chávez.

"Essa e outras iniciativas como a Telesur, Petrosur, a Universidade do Sul e o Gasoduto do Sul vão se impondo progressivamente, graças à persistência e à mudança da correlação de forças na América Latina e no Caribe", declarou o presidente venezuelano.

Chávez disse que esperava a participação dos ministros da área econômica dos países-membros no lançamento da nova entidade regional, mas garantiu que essas autoridades ratificaram que "a sede do Banco do Sul será Caracas".

Segundo veículos de imprensa argentinos, acontecerá uma reunião de ministros sobre o Banco do Sul na próxima segunda-feira no Rio de Janeiro.

A instituição financeira deveria ter sido formada até junho. Em 21 de fevereiro, Chávez dissera que ela nasceria oficialmente em "120 dias a partir de hoje".

Na ocasião, na cidade venezuelana de Puerto Ordaz, Chávez e seu colega da Argentina, Néstor Kirchner, fizeram um acordo sobre a criação do Banco do Sul, "para romper com a dependência a outras entidades de crédito". Os dois presidentes manifestaram confiança na união progressiva de toda a América do Sul em torno da iniciativa.

"O memorando de entendimento que assinamos para o começo do Banco do Sul determina que podem aderir, quando desejarem, todos os países (da América do Sul). Ou seja, (o banco) nasce bilateralmente, mas sem abandonar a filosofia multilateral, que é o objetivo final a ser conseguido", declarou Kirchner à época.

Até o momento, os governos de Bolívia, Equador e Paraguai são os que se uniram à nova instituição financeira. Nicarágua e Uruguai expressaram seu interesse em ingressar no banco, mas ainda não tomaram uma decisão definitiva.

Kirchner, por sua vez, defendeu um Banco do Sul com "características e filosofias diferentes de alguns bancos internacionais que também nasceram para promover investimentos, mas que se transformaram em verdadeiros castigos para os povos".

"Queremos que a instituição apóie investimentos que atendam à reconversão produtiva, à inclusão social, à integração física de nossos países e ao desenvolvimento global de projetos estratégicos, e que tenham acesso a ele os mais fortes e os mais fracos; que não seja seletivo, mas solidário", afirmou o presidente argentino.

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