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Em entrevista ao Meet the Press, Obama anunciou esforço para atingir o avanço do EI | NBC NewsWire/Reuters
Em entrevista ao Meet the Press, Obama anunciou esforço para atingir o avanço do EI| Foto: NBC NewsWire/Reuters

Oficial do alto escalão de inteligência é executado mossul

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou ontem um tenente-coronel da inteligência iraquiana na cidade de Mossul, no norte do país, depois de mantê-lo sob custódia por dois meses, informaram fontes locais.

Mohammed al Abed, 44 anos, foi sequestrado em sua casa, em Mossul, no dia 5 de julho. O tenente-coronel foi fuzilado em aplicação de uma "sentença" emitida por um tribunal religioso estabelecido pelo EI. As fontes detalharam que, após a execução, os jihadistas levaram o corpo de Abed a um médico legista, que depois o entregou a sua família.

Durante o sequestro, um grupo de jihadistas invadiu sua casa no bairro Al Arabi, no norte da cidade, e confiscou seu telefone celular e seu laptop, que continham documentos oficiais e de inteligência. Abed chegou a deixar Mossul por dez dias, depois que a cidade foi ocupada pelo EI em junho, e se refugiou em Zajo, na região autônoma do Curdistão iraquiano, mas retornou para seu domicílio e acabou sendo sequestrado.

Efe

  • Secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi: países árabes unidos contra o EI

O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou ontem que na quarta-feira, dia 10, apresentará um plano detalhado para enfrentar a "ameaça" do Estado a (EI) e "finalmente" derrotá-lo. "Vou preparar o país para que façamos frente à ameaça do EI", disse Obama em entrevista ao programa Meet the Press, da NBC.

"O que quero que as pessoas entendam é que, durante os próximos meses, não só vamos ser capazes de parar o avanço de EI. Vamos atingir de maneira sistemática suas capacidades", acrescentou Obama.

No entanto, o presidente enfatizou que "não será um anúncio de envio de tropas" e negou que será algo "equivalente" à Guerra do Iraque. "É similar ao tipo de campanhas contra o terrorismo nas quais fomos nos envolvendo nos últimos seis, sete anos. Acho que uma ampla coalizão regional e internacional será capaz encarar o problema", afirmou.

Na terça-feira, o presidente receberá na Casa Branca os líderes democratas e republicanos no Congresso, que retoma suas sessões nesta semana, para abordar a luta contra o EI e outros assuntos exteriores, informaram fontes legislativas.

A decisão de autorizar os ataques aéreos de forças americanas no Iraque, adotada em 8 de agosto, foi tomada de maneira individual por Obama como comandante-em-chefe do exército, mas os congressistas pressionaram a Casa Branca para que apresente um plano detalhado no Congresso.

Desde então, os EUA lançaram mais de uma centena de bombardeios contra diferentes posições de EI no norte do Iraque.

Medidas conjuntas

Os ministros das Relações Exteriores dos países árabes concordaram ontem com a necessidade de que medidas conjuntas sejam tomadas para fazer frente à ameaça do Estado Islâmico e de outros grupos jihadistas que colocam em perigo a segurança na região.

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, disse no final da reunião dos ministros que os países árabes "decidiram considerar que qualquer ataque armado contra um país árabe é um ataque contra todos os países árabes", garantiu Arabi.

O secretário-geral declarou que essa decisão tem o objetivo de "proteger a segurança árabe para repelir os sistemas radicais que ameaçam a pátria árabe, incluído o grupo Estado Islâmico". Além disso, apontou, os ministros concordaram em lutar contra o terrorismo "em todos os níveis", inclusive na erradicação de suas fontes ideológicas.

Arabi acrescentou que a luta antiterrorista "não é só uma questão política e de segurança, mas é preciso tratá-la em todos os âmbitos". Sobre a possibilidade de decisões árabes em matéria de defesa coletiva, o representante da Liga Árabe disse que "os ministros das Relações Exteriores não tomaram decisões militares, mas deixaram as portas abertas" para as mesmas.

Em qualquer caso, os chefes da diplomacia árabe mostraram seu compromisso com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e com a cooperação internacional. Também condenaram as ações do Estado Islâmico, que mantém sua ofensiva e tomou grandes partes do território iraquiano.

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