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O que Alicia Watkins lembra melhor são as bandeiras. Chorando, diante das bandeiras norte-americanas hasteadas a meio mastro nesta segunda-feira, ela contou sobre cinco anos atrás, quando estava no Pentágono, um dos alvos dos ataques do 11 de Setembro.

- Lembro que no meio daquilo tudo ainda desfraldamos nossa bandeira americana - disse a sargento do Exército em Camp Eggers, a principal base dos Estados Unidos em Cabul, capital do Afeganistão.

- Aquilo mexeu comigo. Reconheci de onde viemos. Reconheci a força e a coragem que fluem no sangue americano. Naturalmente, as pessoas me perguntam o que levei do 11 de setembro, que lembranças tenho. Minhas lembranças não são da devastação. Minhas lembranças são das pessoas que vieram falar comigo depois e disseram: 'Sabe, antes eu não dava valor aos bombeiros, policiais e integrantes do Exército, mas eu queria que vocês soubessem que agora valorizo o que vocês fazem - acrescentou.

Cerca de 200 pessoas, algumas nos telhados de edifícios, muitas em lágrimas, reuniram-se para uma breve cerimônia, a primeira do Afeganistão a marcar os ataques de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington.

Autoridades de terno misturaram-se a soldados-rasos de uniforme camuflado. Uma mulher entoou o hino americano no estilo gospel.

Cinco anos depois dos ataques, o Afeganistão está sofrendo com a maior onda de violência desde a invasão norte-americana de 2001, que derrubou o Taliban do poder, em represália à proteção dada pelas autoridades afegãs à Al-Qaeda e a Osama bin Laden, mentor dos ataques do 11 de Setembro.

Mais de 2.000 pessoas morreram em combates este ano no Afeganistão, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que assumiu a proteção do sul do país, reduto do Talibã, lançou a maior ofensiva até agora para reprimir os rebeldes.

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