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| Foto: CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS

Em uma noite de terror, Paris, capital da França, sofreu pelo menos sete ataques coordenados com tiros e explosões que deixaram dezenas feridos e número ainda não confirmado de mortos - estima-se 140 mortos (cem na casa de shows e 40 em outros atentados). A casa de espetáculos Bataclan, no 11º Distrito, foi palco da situação mais grave: de acordo com a imprensa internacional, homens armados teriam invadido o local e feito mais de cem reféns.

VÍDEO: Disparos pareciam fogos de artifício, dizem testemunhas; assista ao momento da explosão

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Após cerca de quatro horas desde o ataque ao teatro, policiais invadiram o Bataclan e mataram pelo menos dois suspeitos. Segundo a Associated Press, funcionários da casa de shows disseram que os terroristas jogaram explosivos contra os reféns.

Bataclan

O Bataclan é uma espécie de centro de artes localizado ao Leste de Paris e uma das mais famosas casas de show da França. Além de sua entrada principal, há ainda estabelecimentos no entorno, onde as pessoas se reúnem antes e depois dos concertos.

Um jornalista francês informou à BBC que um amigo conseguiu escapar do local. Ele disse que os homens armados mencionaram a Síria durante o ataque. Um outro jornalista, do canal Europe 1, que também estava no interior do teatro, contou que homens armados e sem máscara invadiram a sala de concertos e dispararam cegamente durante 10 ou 15 minutos. Segundo a testemunha, os homens eram muito jovens.

Pessoas comuns que estavam nas proximidades do Bataclan ou que residem no 11º Distrito postaram relatos na internet sobre os atentados: falava-se em massacre, em dezenas de feridos pelas ruas e que os terroristas teriam disparado em todas as direções.

Sobreviventes relatam o horror

Banda ficou entre reféns

A banda estadunidense Eagles of the Death Metal fazia um show no Bataclan no momento do ataque terrorista. Os músicos e parte do staff do grupo foram feitos reféns junto com mais cerca de cem pessoas.

Ao fim da operação policial que resultou na liberação dos reféns, a banda postou um breve comunicado em sua página oficial do Facebook, no qual declarou ainda estar tentando confirmar o paradeiro e se todos os integrantes da banda e da equipe estão em segurança. O comunicado ainda dizia: “Nossos pensamentos estão com todas as pessoas envolvidas nessa situação trágica.”

Reféns do Bataclan também relataram o horror vivido no interior do teatro. Ao jornal The Guardian, Marc Coupris, 57 anos, disse que o local parecia um campo de batalha. “Havia sangue por toda parte, havia corpos por toda parte. Eu estava do outro lado do corredor quando os ataques começaram. Parecia haver pelo menos dois homens armados. Eles atiraram da varanda. Todos se jogaram ao chão. No primeiro momento, ficamos em silêncio. Não sei quanto tempo fiquei assim, parecia uma eternidade. Eventualmente, quando alguns policiais entraram, lentamente começamos a olhar para cima e havia sangue por todos os lugares. A polícia nos disse para correr.” Coupris foi ao local com 15 amigos para assistir ao show da banda Eagles of the Death Metal.

Um outro homem vestido com uma camiseta da banda apenas declarou, em estado de choque: “Foi horrível, havia tantos cadáveres. Eu simplesmente não posso falar sobre isso.”

Carnificina

A imprensa francesa divulgou muitos relatos de testemunhas dos ataques terroristas no Bataclan. Um homem que estava perto da Rue de Charonne disse que a cena era “absolutamente catastrófica”. “Meu filho e eu corremos de volta para conseguir alguma ajuda e corremos literalmente para os corpos. Foi uma carnificina. As pessoas estavam mortas no chão, gravemente feridas e gritando”, disse.

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