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Laila al-Ghandour, um bebê palestino de apenas oito meses, morreu nesta terça-feira (15) | MAHMUD HAMSAFP
Laila al-Ghandour, um bebê palestino de apenas oito meses, morreu nesta terça-feira (15)| Foto: MAHMUD HAMSAFP

Laila al-Ghandour, um bebê palestino de apenas oito meses, morreu nesta terça-feira (15) por causa dos confrontos entre forças israelenses e palestinos na fronteira de Gaza e Israel. Na segunda-feira (14), ela e sua família estavam em um dos principais pontos de protestos contra a inauguração da embaixada americana em Jerusalém, no lado palestino, quando drones israelenses lançaram bombas de gás lacrimogênio na multidão que tentava se aproximar da cerca que divide os dois territórios. A bebê inalou o gás e seu frágil corpo não resistiu aos efeitos tóxicos, segundo informações do Ministério da Saúde em Gaza.

"Quando chegamos em casa, a bebê tinha parado de chorar e pensamos que tinha adormecido. Então a levamos ao hospital infantil e o médico disse que ela tinha virado uma mártir", disse a avó da criança, Heyam Omar.

Segundo um repórter da revista The Economist, a mãe de Laila al-Ghandour deixou a criança em casa com familiares e foi participar dos protestos. O bebê, porém, começou a chorar e um de seus tios decidiu levá-lo até a mãe, que estava em uma tenda próxima da manifestação. De acordo com o jornal Times of Israel, ainda não está claro a que distância da cerca a família estava naquele momento.

A fotografia acima, de Mahmud Hams (Agência AFP), mostra o momento em que a mãe ampara o bebê morto em seus braços no necrotério do hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza nesta terça-feira. Outras duas mulheres também choram a morte da menina e consolam a mãe.

A imagem é uma forte representação do dia de luto que os palestinos estão vivendo nesta terça-feira, dia em que relembram o Nakba, quando, em 1948, 700.000 palestinos fugiram ou foram expulsos do território que hoje é Israel. Leila al-Ghandour foi uma das 61 pessoas que morreram durante os conflitos entre militares israelenses e palestinos nesta segunda-feira, o dia mais violento registrado em Gaza desde a guerra contra Israel em 2014.

Saiba mais: Nova catástrofe no dia em que palestinos relembram o Nakba

O clima na fronteira entre os dois territórios continua tenso. Protestos devem ocorrer na terça-feira, mas em menor escala, já que o comitê organizador dos protestos pediu um dia de luto.

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