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Beirute – O governo do Líbano aprovou ontem o envio de 15 mil soldados para a zona em que Israel enfrenta o Hezbollah, no sul libanês. As tropas só devem entrar na região quando o Exército israelense recuar, anunciou o ministro da Informação libanês, Ghazi Aridi.

A medida deve ampliar a pressão sobre Israel por um cessar-fogo imediato. O governo israelense afirma que não pode deixar o território e entregá-lo ao grupo xiita Hezbollah, que funcionava como um governo paralelo no sul do Líbano. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, prefere esperar uma força internacional.

A pressão das Nações Unidas teria incentivado o Executivo libanês a se reunir ontem e a mobilizar os reservistas do Exército. Até agora, Beirute vinha prestando uma espécie de apoio moral ao Hezbollah, que teoricamente enfrenta Israel sozinho.

Como Israel diz que não quer tomar o sul do Líbano, a expectativa é de que não se oponha à retomada do controle da região pelo governo libanês, apesar das previsões israelenses de que o conflito vai durar pelo menos ate dia 12, sábado.

O Exército israelense emitiu um alerta ontem para que a população do sul do Líbano não saia às ruas depois das 22h (hora local). Os aviões de Israel estão intensificando seus ataques durante a noite.

O total da vítimas do conflito, que completa hoje quatro semanas, chega a 1,1 mil – 90% do lado libanês. O número de mortos é maior entre os libaneses devido à superioridade militar israelense. Por outro lado, o próprio Exército israelense evita fazer previsões sobre até quando o Hezbollah vai resistir.

A aviação israelense passou a usar um novo caça, o F-16I Sufa, Tempestade em hebraico, para lançar bombas leves, de 150 quilos a 250 quilos, destinadas a atingir alvos urbanos com mais precisão. Os caças utilizam bombas de penetração de até 500 quilos para destruir as estradas e as pontes de acesso ao sul do Líbano. O governo dos Estados Unidos vendeu uma frota de 102 modelos F-16I para Israel por US$ 4,5 bilhões.

Os supersônicos, que voam a 2.100 km/hora, ganharam sistemas eletrônicos digitais, autonomia de 1.500 km sem reabastecimento – significativa em um teatro de operações onde as distâncias raramente superam 400 km – e podem levar 9 toneladas de cargas de ataque.

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