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O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi, que deixou o cargo em 12 de novembro após perder a maioria no Parlamento, afirmou nesta segunda-feira (26) "continuar ativo" e disse que seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), "está claramente melhorando nas pesquisas".

"Estou ativo e continuarei no futuro", declarou Berlusconi, de 75 anos, em uma conversa por telefone com o ex-sacerdote Pierino Gelmini, fundador da comunidade católica Incontro, que trabalha para a reinserção de viciados em drogas na sociedade.

O ex-premiê afirmou estar muito "comprometido com o apoio" da recuperação do PDL em uma "força de liberdade".

Em 16 de novembro, Berlusconi cedeu seu cargo ao ex-comissário europeu Mario Monti, que dirige um governo tecnocrata que adotou antes do Natal um duro plano de austeridade para enfrentar a crise, com o apoio dos principais partidos, incluindo o PDL.

"Quero lembrar que continuamos sendo o partido da maioria no Parlamento", destacou Berlusconi, que destacou a força de sua formação nas duas câmaras do Parlamento.

"As pesquisas nos dão uma forte recuperação porque os italianos estão preocupados", disse.

Berlusconi criticou o plano de austeridade de Monti e defendeu que "até o verão" seu governo "manteve as contas em ordem cortando os gastos em vez de aumentar impostos".

"Agora com estes novos impostos, o risco é diminuir o consumo e colocar a economia na recessão", advertiu.

O Partido Democrata (PD, centro-esquerda) criticou com dureza as declarações do ex-premiê.

"Primeiro, o partido de centro-direita (de Berlusconi) esconde a crise, depois cria políticas que fazem com que a Itália corra o risco de afundar como a Grécia, agora, sem maioria e com uma credibilidade política quase nula, apoia o governo de Monti para poder criticá-lo melhor" no futuro, denunciou o deputado do PD Giorgio Merlo.

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