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Mulher cobre o nariz diante de pilha de lixo em Nápoles, na Itália. | REUTERS/Agnfoto
Mulher cobre o nariz diante de pilha de lixo em Nápoles, na Itália.| Foto: REUTERS/Agnfoto

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, prometeu rápida solução para a crise do lixo no sul do país, ao dizer nesta sexta-feira que o governo passará a gerenciar um aterro sanitário na periferia de Nápoles, perto do qual a polícia e moradores travaram confrontos nesta semana. Ele prometeu pagar 14 milhões de euros (US$ 20 milhões) em compensação aos moradores.

Berlusconi teve nesta sexta-feira uma reunião de emergência com seu gabinete em Roma. A maioria dos confrontos ocorreu na cidade de Terzigno, perto de Nápoles, onde manifestantes incendiaram automóveis e caminhões, queimaram uma bandeira da Itália e feriram cerca de 20 policiais.

Os 14 milhões de euros irão apenas para a comunidade de Terzigno, onde ocorreu a maioria dos confrontos, que continuaram nesta madrugada. Mesmo com o bloqueio de centenas de moradores ao aterro sanitário, cerca de 20 caminhões conseguiram entrar no local, após a tropa de choque abrir caminho e dispersar a multidão e golpes de cassetete, informa a agência Ansa. Pelo menos um popular, Gennaro Greco, de 52 anos, foi detido com a posse de explosivos e acusado de sedição (perturbação da ordem pública) e resistência à polícia. A população afirma que o aterro está sobrecarregado e não oferece mais condições para operar.

Os moradores protestam contra as péssimas condições do aterro existente e também contra a abertura de um segundo aterro, nas imediações do Parque Nacional do Vesúvio, que será o maior aterro sanitário da Europa. Berlusconi afirmou que a situação do aterro decorre da má administração do gestor local e afirmou que o Departamento de Proteção Civil administrará o depósito de lixo. Ele enviou o chefe do Departamento, Guido Bertolaso, a Nápoles. "Nós acreditamos que a situação será normalizada em dez dias", afirmou Berlusconi.

Nápoles e as cidades vizinhas da região da Campânia têm sofrido durante anos com a crise do lixo, resultado da corrupção, gestão equivocada dos aterros sanitários e infiltração da máfia local no setor. Há dois anos, Berlusconi precisou intervir quando Nápoles enfrentou uma grave crise do lixo, com os lixeiros em greve e a população pedindo a construção de novos aterros.

O encontro em Roma reuniu os ministros do Interior, Meio Ambiente e Economia, bem como o Departamento de Proteção Civil e o governador regional da Campânia. O governo planeja a construção de mais aterros e de incineradores como uma solução a longo prazo.

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