
A chefia da Polícia de Milão informou ontem que efetivará a apreensão do passaporte do ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, após a confirmação da condenação a quatro anos de prisão por fraude fiscal confirmada na quinta-feira pela Suprema Corte.
Segundo os meios de comunicação italianos, a Polícia de Milão iniciou ontem o procedimento, uma vez emitido o decreto de execução da pena de Berlusconi, que ainda deve esperar que o Tribunal de Apelação milanês volte a recalcular sua inabilitação o tempo que terá de passar longe da política. Em primeira e segunda instância, o período calculado foi de cinco anos.
Como prevê o procedimento, a apreensão do passaporte será realizada pela polícia do local de residência do sujeito em questão, que neste caso é em Roma já há muito tempo.
A medida foi anunciada ontem pouco depois de o procurador de Milão Ferdinando Pomarici assinar a ordem de execução da pena de prisão contra Berlusconi, que se beneficiará da lei de indultos de 2006 para ver reduzida essa punição a um ano.
Seja como for, o ex-primeiro-ministro, por ter mais de 70 anos, não terá de ir à prisão e, por isso, o procurador assinou a ordem de execução com "suspensão" à espera que a defesa de Berlusconi solicite de que modo pretende que "Il Cavaliere" cumpra essa pena, se sob tutela dos serviços sociais ou em prisão domiciliar. Os advogados têm até o dia 15 de outubro para apresentar a solicitação.
Segundo os meios italianos, Berlusconi não tem intenção de pedir a tutela dos serviços sociais.
Indulto
Em uma reunião de Berlusconi com seus parlamentares ontem em Roma, de acordo com alguns jornais italianos, o porta-voz de seu partido na Câmara Baixa, Renato Brunetta, anunciou que têm a intenção de pedir o indulto para seu líder ao presidente da República, Giorgio Napolitano.



