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O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa após o julgamento do ex-policial Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd, 20 de abril
O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa após o julgamento do ex-policial Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd, 20 de abril| Foto: Getty Images via AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento à nação após o fim do julgamento do ex-policial Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd nesta terça-feira (20), e considerou que a condenação pode ser um "grande passo para a Justiça nos EUA".

"Esse pode ser um momento de mudança significativa", disse Biden sobre a condenação de Chauvin, considerado culpado pela morte de Floyd em maio do ano passado, que foi o estopim de protestos contra o racismo e a violência policial nos EUA e em outros países.

O presidente americano disse que o veredito nesse caso "é muito raro" e, ao mesmo tempo, "não é o bastante". "Homens negros, particularmente, têm sido tratados no decorrer da nossa história como menos do que humanos. As vidas deles devem ser valorizadas no nosso país. Ponto final", afirmou.

"Esse foi um assassinato em plena luz do dia, que arrancou as vendas para que o mundo inteiro visse o racismo sistêmico... uma mancha na alma da nossa nação, o joelho no pescoço da justiça para americanos negros", continuou o democrata.

Biden conversou com a família de Floyd e o governador de Minnesota, Tim Walz, após a condenação, expressando satisfação pelo que ocorreu na Justiça local. No entanto, o presidente lembrou que tratou-se de uma "situação muito rara", levando em conta a disponibilidade de imagens na ocasião, a formação do júri e as informações disponíveis para a decisão, a qual o colegiado chegou após deliberar durante cerca de 10 horas nos últimos dois dias.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, também reforçou as circunstâncias no pronunciamento, afirmando que "por conta dos smartphones, muitos americanos puderam ver as injustiças raciais que acontecem no país".

Segundo Biden, a morte do homem negro de 46 anos, que foi asfixiado no ano passado durante uma abordagem policial, gerou protestos antirracismo nos EUA que não eram vistos desde os anos 1960, com as pessoas dizendo "basta" para as situações.

Harris afirmou que "não é um problema apenas dos negros, mas de todos os americanos". A vice-presidente indicou que "ainda precisamos reformar o sistema", e apontou para a Lei George Floyd no Congresso, que deverá tratar sobre a questão policial no país.

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