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Londres (EFE) – O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, pediu ontem que a população do país mantenha a calma e continue a vida normal após o pânico provocado por novas explosões no metrô e em um ônibus no centro de Londres. Duas semanas depois dos atentados na capital britânica nos quais 56 pessoas morreram e 700 ficaram feridas, Blair admitiu que os incidentes de ontem são sérios e foram planejados para assustar a população. As explosões contra um ônibus da linha 26, na região de Hackney, e contra as estações de metrô de Warren Street, Oval e Sheperd’s Bush (veja quadro abaixo) não tiveram a mesma magnitude que as de 7 de julho, mas deixaram uma pessoa ferida.

Em sua residência, no número 10 de Downing Street, ao lado do primeiro-ministro australiano, John Howard, Blair falou aos jornalistas depois de discutir a situação de emergência com os ministros do Exterior, Jack Straw, e da Defesa, John Reid.

Também participaram do encontro os ministros de Transporte, Alistair Darling, e da Saúde, Patricia Hewitt, além do comissário-chefe da Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard), Ian Blair. Nos atentados do dia 7, quatro terroristas suicidas detonaram as bombas que levavam consigo em três estações do metrô – King’s Cross, Liverpool Street e Edgware Road – e em um ônibus de dois andares da linha 30, que passava por Tavistock Square, perto do Museu Britânico.

Blair voltou a negar que sua política externa no Iraque tenha posto os londrinos no ponto de mira dos terroristas. "Reagir de qualquer outra maneira é entrar no jogo em que eles querem que entremos", disse. "No fim, os valores que nós representamos são os valores que vencem".

A única maneira de derrotar os terroristas, ressaltou, é defendendo a liberdade, a tolerância e o respeito pelas pessoas de diferentes raças e religiões. Blair agradeceu a seu colega australiano o apoio dado após os atentados de 7 de julho, e afirmou que os dois países se mantêm unidos diante do terror. O primeiro-ministro destacou o espírito de união dos londrinos e a determinação para não se deixar intimidar pelos terroristas. O chefe de governo evitou fazer especulações sobre quem foram os responsáveis das explosões de ontem, mas assegurou que essa informação será conhecida em relativamente pouco tempo. As investigações sobre os ataques de 7 de julho têm avançado e apontado para conexões com o Paquistão.

Ontem, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, conclamou ontem a Grã-Bretanha a combater o terrorismo em cooperação com seu país, destacando que Islamabad lutava contra o extremismo mas que também havia "muito o que fazer" neste sentido em terras britânicas.

"Claro que temos um sério problema aqui no Paquistão, e estamos tentando resolvê-lo com determinação. No entanto, também há muito o que fazer na Grã-Bretanha", afirmou o general Musharraf durante um discurso divulgado pela rede de televisão pública PTV.

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