Uma comissão integrada por membros dos governos de Bolívia e Estados Unidos acertou nesta terça-feira (28), em La Paz, restabelecer seus respectivos embaixadores, após três anos de ausência, por meio de uma declaração conjunta que, no entanto, não especifica quando isso deve acontecer.
"No reconhecimento de suas decisões de renovar e avançar nas relações bilaterais, Bolívia e Estados Unidos confirmaram sua intenção de restabelecer seus embaixadores, tanto em Washington como em La Paz", assinala a declaração conjunta.
A ministra do Planejamento boliviana, Viviana Caro, e o subsecretário de Estado americano, Kevin Whitaker, acompanhados de colaboladores técnicos, discutiram por cerca de sete horas a portas fechadas o lançamento de um convênio bilateral de cooperação, assinado em novembro.
A Primeira Reunião da Comissão Conjunta de Alto Nível discutiu vários temas, disse Whitaker em declaração de imprensa após a reunião.
"Entramos em assuntos multilaterais: luta contra os narcóticos, investimentos, troca de embaixadores, o que deve ser algo importante", afirmou subsecretário de Estado, apesar de não informar quando isso acontecerá.
Por norma diplomática, cada país sugere ao outro um candidato, e deve existir, em um prazo prudencial, a respectiva aceitação ("agreement").
Expulsão
Os dois países estão sem embaixadores desde 2008, quando o presidente esquerdista Evo Morales expulsou o embaixador americano, acusando-o de apoiar um complô da direita local contra ele.
Washington respondeu na mesma moeda por um princípio de reciprocidade diplomática.
A ministra Caro, na mesma declaração, destacou que a reunião bilateral serviu para a assinatura de um acordo para a Saúde de 22 milhões de dólares, destinado a diferentes programas de acesso cidadão aos serviços sanitários públicos.
Sobre a luta contra as drogas, os dois países concordaram em trabalhar sob o princípio de responsabilidade dividida.
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