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Bagdá – Iraque e Estados Unidos anunciaram ontem a morte do chefe da rede Al Qaeda no Iraque, o jordaniano Abu Musab Al Zarqawi – homem mais procurado pelos EUA no país árabe, por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões, mesmo valor imposto a Osama bin Laden, até hoje não capturado.

Al Zarqawi era apontado como responsável pela maioria das ações terroristas, seqüestros e decapitações de estrangeiros no Iraque. A morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao jordaniano.

Após a morte ser anunciada pelo premier iraquiano, Nouri al Maliki, com a frase "hoje Al Zarqawi foi eliminado", tevês mostraram pessoas comemorando nas ruas. O bombardeio dos EUA foi levado a cabo em cooperação com forças iraquianas, que agiram por terra.

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que a morte do terrorista é "um duro golpe contra a rede Al Qaeda, e uma vitória para a luta dos EUA contra o terrorismo".

A morte do sunita Al Zarqawi foi confirmada pela própria rede terrorista Al Qaeda, que divulgou um comunicado na internet. O texto ainda não teve sua autenticidade comprovada.

Al Zarqawi morreu em um ataque aéreo a oito quilômetros da cidade de Baquba, que fica a 65 quilômetros ao norte de Bagdá e é considerada um dos redutos da insurgência iraquiana. No bombardeio, também morreram outras sete pessoas que seriam ligadas ao jordaniano.

"Dois aviões F16 focaram o alvo e lançaram uma bomba de 227 kg sobre o local. Em seguida, eles se certificaram de que haviam acertado o alvo e lançaram outra bomba no mesmo lugar", disse um porta-voz norte-americano. A identificação de Al Zarqawi foi feita por meio de suas digitais, de seu rosto e de suas cicatrizes.

Aparentemente, o cerco a Zarqawi se apertou depois que ele pôs na internet, em abril, um vídeo em que aparece com uma metralhadora em uma região desértica. Semanas depois os americanos localizaram um esconderijo onde encontraram fitas com as filmagens, o que teria ajudado na identificação da área de Baquba como o local onde Zarqawi estaria.

Os primeiros a chegar ao local bombardeado foram policias iraquianos, que recuperaram o corpo do jordaniano. Há informações de que a inteligência iraquiana também teve participação na ação para matar Al Zarqawi.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou que a morte do líder dos rebeldes no Iraque não vai parar a Al Qaeda. Por outro lado, parabenizou Bush e disse tratar-se de uma vitória importante. "Um golpe contra a Al Qaeda no Iraque é um golpe contra a Al Qaeda em todas as partes", acrescentou Blair, segundo seu porta-voz.

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