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Uma bomba em uma mesquita no cinturão tribal do noroeste do Paquistão matou 29 pessoas e feriu 50, incluindo alguns militantes. O ataque desta quinta-feira (18) é mais uma mostra das ameaças de segurança no país, mesmo com o aparente aumento da cooperação contra extremistas entre Paquistão e Estados Unidos.

O atentado na região do Passo Khyber ocorreu no dia em que o enviado especial dos EUA Richard Holbrooke se reuniu com o primeiro-ministro do Paquistão, Yousaf Raza Gilani, em Islamabad capital do país. Ao mesmo tempo, vieram a público informações segundo as quais autoridades locais têm perseguido os líderes do Taleban afegão em território paquistanês, uma antiga exigência dos EUA.

A explosão atingiu uma mesquita na área de Aka Khel, matando 29 pessoas e ferindo outras 50, segundo o funcionário local Jawed Khan. Autoridades ainda investigam se um homem-bomba realizou o ataque ou se ele ocorreu graças a um artefato instalado anteriormente.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Khan disse que entre os mortos havia militantes do Lashkar-e-Islam, um grupo insurgente que atua em Khyber. Esse grupo está em confronto com os militantes do Ansarul Islam, apesar de ambos terem ideologias semelhantes às do Taleban.

Operação conjunta

Nesta semana, funcionários confirmaram que uma operação conjunta entre a CIA e o Paquistão capturou o número 2 do Taleban afegão, mulá Abdul Ghani Baradar, na cidade de Karachi, no sul paquistanês.

Nesta quinta-feira, um funcionário afegão afirmou que há duas semanas dois líderes do Taleban no norte do Afeganistão também foram presos no Paquistão por autoridades locais. Os EUA e o Paquistão falaram pouco sobre essas prisões, mas elas podem significar uma mudança na política paquistanesa.

O Paquistão vinha frustrando os norte-americanos ou por negar o uso de seu território pelo Taleban ou por fazer pouco para combatê-lo. As prisões podem significar que as autoridades paquistanesas decidiram combater o grupo insurgente, que o governo do Paquistão ajudou a fortalecer como um estratégico aliado contra a rival Índia. As prisões ocorrem ainda no momento em que tropas afegãs e ocidentais lutam contra o Taleban pela cidade de Marjah, no sul afegão, província de Helmand.

Gilani disse a Holbrooke que os EUA devem levar em conta os temores paquistaneses de que a ofensiva em Marjah possa levar os refugiados afegãos e os militantes para o sudoeste e o noroeste do Paquistão. A dupla também discutiu a ajuda humanitária norte-americana para o Paquistão.

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