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Conflitos sacudiram duas das maiores cidades do Iraque nesta quarta-feira e uma bomba matou oito pessoas na capital, expondo a frágil segurança no momento em que forças americanas e iraquianas lutam para impedir uma guerra civil sectária.

Os choques em Basra e Mosul aconteceram quando soldados dos Estados Unidos asseguravam uma restrição maciça de segurança em Bagdá. Washington diz que a operação na capital é primordial para a estabilidade no país inteiro.

Oficiais americanos advertem que a violência sectária crescente pode levar o país a uma guerra civil completa e, na semana passada, tomaram a nova iniciativa de segurança em Bagdá, colocando milhares de soldados nas regiões mais violentas.

Mas a violência não diminuiu. Uma bomba deixada em um pequeno mercado de rua no leste de Bagdá matou oito pessoas e feriu outras 28.

- A bomba explodiu perto das pessoas que estavam aqui só por causa de seu ganha-pão. Estavam apenas vendendo quinquilharias - disse Mohamed Karin, entre os entulhos dispersos de velhas televisões e utensílios domésticos.

- Um velho e seus dois filhos foram mortos. O que eles fizeram? Eles eram inocentes - disse Karin.

Na segunda maior cidade do Iraque, Basra, gangues armadas travaram uma batalha intensa com a polícia e com forças britânicas, depois de atacarem a câmara municipal e o gabinete do governador, relatou um repórter da Reuters que estava no local.

O porta-voz das forças britânicas, major Charlie Burbridge, disse que cerca de 30 soldados britânicos foram despachados para apoiar as tropas iraquianas e a polícia no local.

Em Mosul, a terceira maior cidade do Iraque, a 390 quilômetros de Bagdá, a polícia disse ter matado seis rebeldes em choques na cidade religiosamente dividida, local de duras batalhas 10 dias atrás, quando soldados dos EUA e do Iraque levaram várias horas para restaurar a calma.

Os conflitos de quarta-feira seguiram-se à violência da terça na cidade sagrada xiita de Kerbala, normalmente tranquila. O combate entre o Exército iraquiano e os seguidores de uma clérigo xiita deixou 12 mortos -- entre eles, dois policiais --, segundo informou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa.

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