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Pesquisadores dos crimes cometidos durante a guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, apresentaram nesta terça-feira um "atlas de crimes de guerra" do conflito, dizendo que ele deve ajudar as pessoas a aprender sobre os fatos e entender melhor o passado.

O atlas, disponível em www.idc.org.ba, contém mapas que usam a tecnologia Google Earth, permitindo que sejam encontrados locais de execuções em massa e onde foram abertas covas coletivas na Bósnia, junto aos nomes das vítimas, assim como documentos dos tribunais disponíveis.

O site foi lançado no dia em que o ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic, acusado de ter planejado a guerra, apareceu perante o tribunal de Haia, temporariamente abrindo mão de seu boicote ao julgamento.

"O atlas dos crimes de guerra bósnios é um depositório amplo de fatos sobre os eventos da guerra", disse Mirsad Tokaca, diretor do Centro de Pesquisa e Documentação (RDC), uma organização sediada em Sarajevo que criou o atlas digital.

"Ele é necessário para nos ajudar a enfrentar o passado, um processo que até agora tem estado sob o monopólio de várias elites para seus próprios propósitos", disse Tokaca em uma coletiva de imprensa, dizendo que o atlas fornecia apenas fatos, sem interpretá-los.

O atlas identificou 50 mil locais onde ocorreram atrocidades na guerra, acompanhados de fotos e vídeos dos eventos.

"Não sugerimos a ninguém o que devem pensar. Oferecemos os fatos sobre os eventos - o que chamamos de uma geografia dos crimes", disse Tokaca.

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