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Sobreviventes do massacre de Srebrenica de 1995 protestaram diante da embaixada dos Estados Unidos em Sarajevo na quinta-feira para pedir que Washington contenha a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Munira Subasic, que perdeu um filho e o marido quando sérvios bósnios tomaram o controle da cidade de Srebrenica, no leste do país, disse ser solidária ao povo palestino. No massacre morreram 8 mil bósnios muçulmanos.

"Em 2009, mães palestinas estão passando pelas provações vividas por nós em 1995 e estamos erguendo nossa voz porque conhecemos a dor e o sofrimento. Sabemos o que é perder uma criança ou um marido", disse Subasic.

Os manifestantes afirmaram que tinham de reagir às mortes de mais de 700 palestinos e ao sofrimento dos refugiados no 13o dia da ofensiva conduzida por Israel.

Israel diz que a operação é uma resposta aos ataques de foguetes promovidos pelos governantes do Hamas na Faixa de Gaza.

Centenas de pessoas participaram do protesto em Sarajevo, algumas com cartazes nos quais se lia "Fim à morte de crianças inocentes" e "Srebrenica 1995-Gaza 2009".

"Acredito que os Estados Unidos, como a principal potência mundial, poderiam parar o derramamento de sangue de civis e, ainda pior, de crianças em Gaza", disse Murat Tahirovic, líder de uma associação reunindo antigos companheiros de campos de guerra bósnios.

"Durante a guerra, o sangue, o sofrimento e a dor eram nossas cenas diárias e não posso deixar de ser solidário com o povo palestino", disse outro manifestante. "Tudo isso nos faz relembrar o que passamos durante a guerra e isso deve parar."

Srebrenica, local da pior atrocidade na Europa desde a 2a Guerra Mundial, estava sob proteção da Organização das Nações Unidas (ONU) quando foi assolada pelas forças sérvias bósnias lideradas pelo general Ratko Mladic. Ele foi acusado de genocídio, mas permanece foragido.

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