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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou o Golfo do México nesta segunda-feira, dois dias antes de uma reunião crucial com os principais executivos da British Petroleum sobre o vazamento de petróleo que causou o pior desastre ambiental da história do país.

A crise aumentou a pressão sobre as ações da BP nesta segunda-feira, que caíram 10 por cento durante a tarde em Londres em razão do temor dos investidores com relação à conta final do vazamento e da dúvida sobre se a BP pagará o dividendo trimestral. Mais tarde as ações recuperaram cerca de 1 por cento.

Obama falará à nação na terça-feira sobre o vazamento, que pôde ser contido, mas não interrompido até que os poços auxiliares sejam concluídos em agosto.

A BP informou que poderia aumentar imensamente a quantidade de petróleo capturada do poço danificado, indo dos atuais 15 mil barris diários para entre 40 mil e 53 mil barris até o fim do mês e entre 60 mil e 80 mil até julho, mas ainda não poderia garantir a contenção de todo o petróleo bruto que está sendo derramado.

O vazamento criou uma crise financeira, jurídica, regulatória e ambiental sem precedentes para as companhias que operam no Golfo do México, advertiu o Serviço aos Investidores da Moody's nesta segunda-feira, dizendo que poderá levar dois anos para a produção de petróleo voltar aos níveis pré-desastre.

No que se espera que seja uma semana crucial para o vazamento --que ocorre há 56 dias--, os parlamentares devem apertar os executivos da BP em audiências nesta semana, enquanto o presidente faz uma visita de dois dias à costa do Golfo.

Obama tem visto o megavazamento interferir em sua ambiciosa agenda política, levando a criação de empregos e a reforma de Wall Street para segundo plano. Ambas são assuntos-chave para a eleição do Congresso em novembro, quando os democratas deverão enfrentar uma árdua disputa para manter as maiorias que detêm.

Enfrentando duras críticas nas quais é acusado de não demonstrar liderança pessoal suficiente na questão do vazamento, Obama tentará usar seu encontro com os executivos da BP na quarta-feira e o discurso no Salão Oval para mostrar que ele está controlando a crise. A Casa Branca prevê um encontro "muito franco."

A BP colocou uma tampa de contenção na saída danificada no leito do mar neste mês após uma série de fracassos para reduzir o fluxo, mas o petróleo continua a jorrar. A companhia afirmou que a tampa capturou 15.200 barris de petróleo bruto no domingo, elevando o total desde que foi instalada em 3 de junho para 134.500 barris.

O governo Obama afirma que o vazamento parcialmente contido provavelmente está deixando escapar 35 mil barris por dia. No sábado, o governo deu 48 horas para que a BP mostrasse como planejava intensificar os esforços para recolher mais petróleo.

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