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A empresa BP espera retirar até domingo a válvula defeituosa que está sobre o seu poço danificado no golfo do México e, depois disso, tampar definitivamente o vazamento no local, disse na quarta-feira a principal autoridade norte-americana envolvida na operação.

"Acreditamos que nas próximas 24 a 36 horas vamos entrar em uma janela climática que nos permitirá proceder", disse o almirante reformado da Guarda Costeira, Thad Allen, a jornalistas em Houston.

O mar agitado perto do poço Macondo na segunda-feira levou à suspensão da operação, que consiste em retirar um gigantesco conjunto de canos e válvulas --conhecido coletivamente como "blowout preventer" ou "evitador de explosões"-- e substituí-lo por um mecanismo semelhante.

A retirada da válvula é crucial para as investigações sobre os motivos da explosão de 20 de abril, que causou 11 mortes e deu início ao maior vazamento marítimo de petróleo da história.

Substituir a válvula é importante também para assegurar que a estrutura do poço resista à operação que consiste em injetar lama e cimento no reservatório a partir de uma galeria auxiliar que está sendo escavada, o que permitirá "sufocar" o poço definitivamente.

A expectativa é de que a galeria auxiliar chegue ao poço danificado no começo da semana que vem. Faltam cerca de 15 metros de perfuração, a 4.000 metros abaixo do leito marinho.

Allen disse que ondas em torno de dois metros obrigaram a BP a suspender a operação, mas que para o período de quinta a domingo a previsão é de ondas com menos de um metro.

Ele explicou que o peso conjunto da válvula a ser resgatada do fundo do mar, do cano que a erguerá e do mecanismo de encaixe entre ambos é de cerca de 450 toneladas. O mar agitado poderia fazer o cano oscilar muito.

A BP espera começar a retirar na quinta-feira uma tampa sobre a válvula que interrompeu totalmente o vazamento desde 15 de julho, segundo Allen. Técnicos da BP e do governo acreditam que não haverá vazamento durante a troca.

"Acreditamos que seja pequeno o risco de liberação de hidrocarbonetos", disse Allen. "Isto posto, haverá navios de contenção de prontidão (para recolher o óleo que eventualmente vaze)."

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