• Carregando...

A maior parte dos países, incluindo o Brasil, ainda não dispõe da tecnologia completa para detecção do vírus da gripe suína. Laboratórios de referência nacionais aguardam kits de testes para a identificação do vírus H1N1, exames desenvolvidos pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA. Os EUA, que já dispõem da tecnologia, têm conseguido, com o uso dos recursos tecnológicos, confirmar mais casos (91) que o México (26), país onde a epidemia eclodiu e em que ainda milhares de pacientes têm seu estado de saúde investigado.

O Brasil, por exemplo, só tem atualmente capacidade para, após receber uma amostra de secreção de um paciente, dizer se há ou não a presença do vírus influenza (o vírus da gripe) e o tipo de vírus, A, B ou C. Não tem recursos para identificar o subtipo causador da epidemia atual e a cepa. "Já estamos fazendo os testes padrão, todos os laboratórios no mundo, não só aqui, têm o norte para a confirmação dos casos. Mas não há como fazer a identificação desse vírus específico. Estamos aguardando os reagentes e as amostras do vírus. Só os EUA têm feito isso", explicou ontem Rita Medeiros, pesquisadora do laboratório de virologia do Instituto Evandro Chagas, no Pará, referência para a confirmação de casos no País, que já aguarda a chegada dos kits.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem que o governo recebeu o sequenciamento genético do vírus da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que o material já foi enviado para um laboratório, que ficará encarregado de fazer os kits de testes. A previsão é de que todo esse processo esteja concluído em até dez dias. Segundo afirmou Eduardo Hage, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do ministério, a posição do Brasil, manifestada em reunião, foi de que o Centro de Controle de Doenças dos EUA liberasse imediatamente insumos para os países.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]