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Brasília - Para chegar a um acordo sobre o número de integrantes que terá no Parlasul (Parlamento do Mercosul), o Brasil cedeu para o Paraguai e terá o direito de eleger inicialmente 37 parlamentares, e não mais 75, como queria.

O número de vagas a que cada país terá no órgão, braço legislativo do bloco comercial que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai foi definido ontem após dois anos de debate, em Assunção, capital paraguaia.

O Brasil ainda terá a maior bancada. A Argentina também aceitou escalonar o seu número de representantes: serão 26 parlamentares. Paraguai e Uruguai terão 18 cada. A decisão ainda depende do aval dos chefes de estado, que se reúnem em junho para discutir o tema.

Os países podem agora estabelecer as regras para a eleição de seus parlamentares. Hoje o Brasil é representado por nove deputados e nove senadores do Congresso Nacional, que acumulam as duas funções.

Com a decisão, o Congresso terá de aprovar uma lei até setembro, a tempo de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incluir os novos candidatos até 2010.

"Voluntariamente, Brasil e Argentina decidiram abdicar, nessa etapa, do direito de eleger todos os representantes a que teriam direito. Em um momento de crise econômica, demonstramos um compromisso de austeridade, com redução de despesas, para que nosso parlamento nasça com legitimidade", afirmou Aloízio Mercadante, segundo a agência de notícias do Senado.

"Este é um passo gigantesco para a consolidação de uma verdadeira integração, onde possamos nos submeter a uma norma comum. Até agora a integração era uma mera quimera ou expressão de desejo", disse o presidente da Representação Paraguaia, González Núñez.

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