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A embaixadora brasileira Maria Luiza Viotti com Ertugrul Apakan, da Turquia: “solução interna” | Emmanuel Dunand / AFP
A embaixadora brasileira Maria Luiza Viotti com Ertugrul Apakan, da Turquia: “solução interna”| Foto: Emmanuel Dunand / AFP

Rio de Janeiro - O Brasil avalia que, por enquanto, é melhor apostar em uma so­­lução interna para a crise no Egito e não pretende levar o tema ao Conselho de Segurança (CS), afirmou a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Viotti.

O país assumiu ontem, por um mês, a presidência do CS e passou a organizar sua agenda de debates.

Em entrevista em Nova York, transmitida pela internet, Viotti ressaltou que o CS, formalmente responsável por paz e segurança globais, é órgão de "último recurso’’. "Achamos que no momento a questão [egípcia] é mais bem abordada internamente. A situação é de acompanhar e ver como vai evoluir’’, ressaltou.

Ela disse que nenhum dos de­­mais 14 membros do CS pediu ses­­são sobre o Egito nem sobre os demais países árabes onde há rebeliões.

O Brasil ocupa desde 2010 uma das dez vagas não permanentes do CS, com mandato até o fim do ano. Os cinco assentos permanen­­tes são de Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido.

O Oriente Médio monopoliza a atenção internacional e pode in­­terferir no projeto inicial da di­­plo­­macia brasileira para este mês.

A ideia era evitar temas polêmicos e situar o país como porta-voz das nações em desenvolvimento – que são maioria na As­­sembleia Geral da ONU, por onde passará uma eventual reforma do CS, em que o Brasil reivindica uma cadeira permanente.

Está previsto para o dia 11 um fórum ministerial, com a presença do chanceler Antonio Patriota, sobre a relação de segurança e de­­senvolvimento. No mesmo dia, o Brasil quer reunir o G4, grupo que inclui, além dos brasileiros, Alemanha, Índia e Japão e atua pela reforma do CS.

Apesar de a França já ter defendido nova rodada de sanções contra o Irã, Viotti disse não esperar que o assunto volte ao CS logo. No ano passado, o Brasil entrou em choque com os EUA ao votar no CS contra punições aos iranianos.

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