• Carregando...

A OEA modificou nesta segunda-feira (20) a versão em português da convocação para uma reunião de chanceleres para disputar o caso do fundador de Wikileaks, Julian Assange, após pedido do Brasil para que não fosse forçada a assinatura de uma declaração formal da reunião.

Em uma sessão extraordinária para preparar a reunião de chanceleres, que acontecerá na próxima sexta-feira (24), em Washington, nos Estados Unidos, o representante interino do Brasil, diante da OEA, Breno Dias da Costa, pediu a mudança na redação da resolução, que será o centro do debate.

O texto, aprovado na sexta-feira passada pelo Conselho Permanente da OEA, pede que os chanceleres analisem a "situação entre Equador e o Reino Unido concernente à inviolabilidade dos diplomatas equatorianos no Reino Unido" e que os signatários venham a "concordar com as medidas com que convenha adotar".

O brasileiro solicitou que esse segundo ponto fosse alterado, para "chegar a um entendimento sobre as medidas a que convenha adotar", dado que, em português, a palavra acordo, "parece implicar que estejamos falando de um documento formal, jurídico, que todos tenhamos que assinar", disse Breno Dias da Costa.

A representante equatoriana, María Isabel Salvador, pediu que o debate dos chanceleres seja feito no que está na resolução, "com o esclarecimento específico que o termo em português é o proposto pelo Brasil".

O presidente temporário do Conselho Permanente e representante da Jamaica, Stephen Vasciannie, aprovou a modificação na versão portuguesa, apesar das queixas dos representantes de Nicarágua e Venezuela, que pediram para não condicionar as possíveis decisões que tomarão os chanceleres.

O Conselho Permanente decidiu ainda, por sorteio, a ordem dos chanceleres que falarão na reunião. Primeiramente será Carlos Morales, da República Dominicana. Depois disso, a ordem será feita de acordo com o alfabeto espanhol.

Na reunião desta sexta-feira, o Equador procura o apoio do restante do continente, para o que considera uma "ameaça" do Governo britânico de entrar em sua embaixada em Londres, onde Assange está desde 19 de junho. Menos de um mês depois, o Governo equatoriano concedeu asilo diplomático ao fundador do Wikileaks.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]