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Ministro da Defesa da Croácia Goran Jandrokovic assina o tratado da fabricação, comércio e uso da bomba cluster em Oslo | Gunnar Mjaugedal / Reuters
Ministro da Defesa da Croácia Goran Jandrokovic assina o tratado da fabricação, comércio e uso da bomba cluster em Oslo| Foto: Gunnar Mjaugedal / Reuters

O Brasil não aderiu ao tratado internacional que proíbe a fabricação, o comércio e o uso de bomba cluster, chamada de bomba de cacho, artefato que se fragmenta ao explodir em inúmeras munições. O documento foi assinado nesta quarta-feira (3), em Oslo, na Noruega. Além do Brasil, que é fabricante da arma, os Estados Unidos, a Rússia, a China e a Índia também se mantiveram distantes das negociações, concluídas em maio passado.

Questionado por deputados da Comissão de Relações Exteriores sobre a decisão, o chanceler Celso Amorim alegou que ainda não há uma posição fechada no governo sobre a questão e que o Brasil poderá, no futuro, aderir ao tratado. Amorim explicou que o governo brasileiro discorda da exceção aberta no documento para a produção e a comercialização das bombas cluster produzidas por França, Reino Unido e Alemanha, que apresentam um mecanismo que impede a explosão retardada dos fragmentos. Para o chanceler, trata-se de uma "discriminação".

O Brasil também preferiria uma negociação no âmbito das Nações Unidas, em vez do foro informal organizado pela Noruega para discutir o tema. As bombas cluster mataram ou feriram mais de 100 mil pessoas desde 1965, segundo cálculos da Handicap International, organização não-governamental (ONG) que atua em favor do banimento dessa arma. Do total de feridos mencionado pela ONG, 98% eram civis e mais de 25% eram crianças.

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