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Macri durante discurso na manhã desta segunda-feira (23) | ENRIQUE MARCARIAN/REUTERS
Macri durante discurso na manhã desta segunda-feira (23)| Foto: ENRIQUE MARCARIAN/REUTERS

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, reiterou nesta segunda-feira (23) à presidente Dilma Rousseff promessa feita durante a campanha de que o Brasil será o destino de sua primeira viagem oficial.

Em telefonema às 11h40 (horário de Brasília), no qual a petista parabenizou o argentino pela vitória na eleição presidencial, o novo presidente afirmou que pretende dar “nova vitalidade” ao Mercosul e planeja ter uma relação “fluida” e “dinâmica” com o Brasil, em uma referência às dificuldades econômicas entre os dois países durante o governo de Cristina Kirchner.

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Na conversa, a presidente convidou o argentino a vir ao Brasil para uma audiência no Palácio do Planalto antes da cerimônia de posse, em 10 de dezembro. O presidente eleito respondeu que tentará viabilizar a viagem em sua agenda de compromissos.

Segundo a reportagem apurou, a petista também informou ao argentino que vai comparecer à cerimônia de posse em Buenos Aires e reafirmou a disposição do Brasil em estreitar laços comerciais e políticos com o país vizinho.

A viagem ao país vizinho está prevista na agenda de compromissos oficiais da petista, que tem defendido o gesto como sinal de disposição da administração brasileira em construir um canal de diálogo com o novo governo argentino.

Ligação

A ligação de cerca de dez minutos foi feita após reunião de coordenação política, realizada nesta segunda-feira (23) com a presença de 11 ministros e líderes do governo no Congresso Nacional.

O gabinete presidencial entrou em contato pela manhã com a equipe do argentino para informar a intenção da petista em parabenizá-lo por telefone.

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O Palácio do Planalto tinha preferência pelo candidato governista, Daniel Scioli, mas não encontra grandes resistências ao oposicionista Macri, com quem iniciou movimento de aproximação após seu favoritismo nas pesquisas de intenção de voto.

O embaixador do Brasil na Argentina, Everton Vargas, reuniu-se no início deste mês com a equipe do opositor, que defendeu durante a campanha eleitoral uma maior aproximação do governo argentino com a administração da petista caso fosse eleito.

Macri defende o fortalecimento das relações bilaterais com o Brasil, sobretudo no aumento do atual fluxo comercial. O Brasil é atualmente o principal fornecedor do mercado argentino e, em outubro, as exportações brasileiras para o país vizinho registraram o primeiro crescimento desde 2013.

Em outubro, a presidente recebeu Daniel Scioli no Palácio do Planalto e lhe garantiu que vai alongar as linhas de financiamento à exportação para a Argentina. Assim, os importadores argentinos teriam mais prazo para pagar as compras feitas no Brasil.

A Argentina vive uma situação de escassez de dólares, e a perspectiva é de que o próximo presidente encontre reservas internacionais baixas, afetando o fluxo de importação do país.

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