• Carregando...

Tel Aviv – Ao dar uma demonstração de boa vontade, a brasileira Helena Halevy, de 59 anos, acabou morta quinta-feira à noite, na Cisjordânia. Há 41 anos vivendo no Oriente Médio, Helena e seu marido, o jardineiro Rafi Halevy, de 63 anos, ofereceram carona a três desconhecidos quando voltavam para casa. Não suspeitaram que entre eles havia um terrorista, que detonou explosivos e fez o carro queimar por mais de uma hora. Todos morreram.

Mãe de quatro filhos, a brasileira era religiosa e voltava a Copacabana (RJ) todos os anos. Ela vivia no assentamento judeu de Kedumim, no coração da Cisjordânia, ao lado da cidade palestina de Nablus.

Os passageiros eram duas moças – Shaked Lasker, de 16 anos, e Reut Feldman, de 20 – e um rapaz, que parecia ser judeu ortodoxo. Ele foi identificado como o palestino Mahmud Masharka, de 24 anos, morador de Hebron, no sul da Cisjordânia.

O suicida agiu de acordo com uma nova estratégia do grupo radical ao qual pertencia, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa: disfarçou-se de judeu religioso e se aproximou de caroneiros israelenses.

As duas jovens mortas foram enterradas ontem. Já os funerais de Helena e de Rafi Halevy foram adiados para domingo, a pedido da família. Parentes brasileiros foram convidados pelo governo de Israel a viajarem até o local do enterro – na própria colônia de Kedumim – e só devem chegar à região horas antes da cerimônia.

Helena é a segunda brasileira a morrer em menos de um ano vítima do conflito entre israelenses e palestinos. A brasileira Dana Galkovitch, de 22 anos, foi morta por um míssil Qassam em julho do ano passado, na varanda de casa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]