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No interior da Refinaria Sirt, na cidade de Brega, está o único brasileiro que permanece na Líbia, com exceção de diplomatas e jornalistas: o mecânico de aviões André Luis Claro Poças. A cidade foi ocupada na quarta-feira pelas forças do governo e recuperada horas depois pelos rebeldes.

O ataque abortou dois planos de resgate de Poças, funcionário da estatal líbia Petroair, encarregada do transporte aéreo de trabalhadores do setor de petróleo. A empresa pretendia levá-lo ontem para outra refinaria, a 100 quilômetros de Brega, onde ele embarcaria em um avião.

A pista de pouso da cidade não pode ser usada, pois foi danificada no início dos confrontos, há duas semanas. O combate suspendeu também um plano alternativo, da embaixada do Brasil em Trípoli, de levá-lo por terra para Benghazi, a 230 quilômetros de Brega.

Poças contou que acordou às 7h33 (2h33 em Brasília) com o barulho do avião de guerra e estrondos das bombas e tiroteios, que lhe pareceram vir da pista de pouso. Às 13 horas, (8 horas em Brasília), ouviu o barulho de confrontos vindo do lado da refinaria. Ele continuou dentro de casa, de onde não sai há 12 dias.

O mecânico, de 44 anos, mora na Líbia desde 2007, quando o país adquiriu o primeiro jato RJ-170 da Embraer. Em 2010, a Petroair comprou mais dois aviões. Desde o início dos confrontos, os três aviões foram levados para o aeroporto militar de Mitiga, em Trípoli. Ele alterna 28 dias de férias no Brasil com 28 de trabalho na Líbia. Voltou de férias dois dias antes do início dos confrontos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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