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A capital do Congo viveu horas de terror, mas a situação começa a se normalizar. A informação é do embaixador do Brasil no Congo, Flávio Bonzanini.

Segundo ele, já não há tiroteios na capital Kinshasa, os rebeldes se dispersaram e a situação está mais tranqüila, com a reabertura do comércio e a volta do transporte público. Quinze brasileiros e cinco congoleses, que ficaram confinados na embaixada durante 48 horas, começam a voltar para a casa.

"Ainda há preocupação com a segurança. Não mais com a segurança em termos de hostilidades bélicas, mas com o controle da segurança pública. Esse é o problema principal no momento. Muitas armas foram abandonadas e com isso algumas pessoas se aproveitam de um certa confusão ainda para fazerem assaltos, saques", explicou Bonzanini neste sábado (24).

O prédio da Embaixada do Brasil não foi atingido, mas um carro, estacionado numa garagem aberta, não escapou da ação dos rebeldes.

"Nós estávamos no meio de um fogo cruzado e justamente várias balas caíram nos fundos da embaixada. Uma delas atingiu o carro", disse.

O ataque dos rebeldes ocorreu a cem metros da embaixada, onde funciona o escritório político de Jean-Pierre Bemba, que perdeu as eleições presidenciais para Joseph Kabila no ano passado.

Segundo o embaixador brasileiro, Bemba seria o líder deste movimento por não aceitar a desmobilização de sua guarda pessoal de 600 homens, segundo decreto assinado pelo presidente Joseph Kabila. "Esse impasse gerou a situação de tensão", afirma Bonzanini.

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