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Escavaçõs perto das pirâmides de Giza: turismo em alerta | AFP
Escavaçõs perto das pirâmides de Giza: turismo em alerta| Foto: AFP

Cairo - A revolta da população contra o governo no Egito já está afetando sua indústria turística, que representa 11% do PIB do país. No Brasil e no resto do mundo, a venda de pacotes turísticos foi atingida devido ao temor diante das manifestações violentas.

E o cancelamento de viagens promete aumentar, já que governos dos EUA e de outros países europeus exortaram seus cidadãos a adiarem viagens desnecessárias ao Egito – país que recebe cerca de 12 milhões de visitantes por ano, e possui atrações como os templos de Luxor, as pirâmides de Gizé e o Mar Vermelho.

No Rio, a supervisora da Best Destinations, Simone Cavalcante, contou na sexta-feira que a agência estava com um grupo de clientes no Egito, mas eles não relataram nenhum problema.

"Eles estão num hotel perto do aeroporto, onde não há confusão. Os distúrbios, pelas informações que nossos parceiros nos passaram, estão mesmo no centro do Cairo", contou Simone.

Ontem, 2 mil turistas se dirigiram aos aeroportos, ainda que sem reservas, para tentar retornar a seus países.A companhia aérea egípcia El Al informou que um voo especial deve ser realizado neste sábado para levar cerca de 200 israelenses de volta ao seu país. A companhia aérea Delta Airlines cancelou todos os seus voos para o Egito até segunda ordem.

Pirâmides

Ontem, as forças militares do Egito fecharam o acesso para os turistas às pirâmides nas cercanias do Cairo. Um importante arqueólogo egípcio, Zahi Hawass, enquanto isso, disse à rede de televisão estatal que estava "seriamente preocupado" com a segurança do Museu Egípcio. Prédios vizinhos eram destruídos pelo fogo na noite de sexta-feira e Hawass disse temer que eles desabem e danifiquem o museu, que abriga em seu acervo tesouros do rei Tutancâmon.

Edifícios, estátuas e até mesmo veículos de segurança foram alvo de pichações contra Mubarak, incluindo frases como "Mubarak tem de cair", coberta nesta manhã por "Mubarak caiu". Com os protestos de ontem, os militares estenderam um toque de recolher noturno imposto sexta-feira nas três principais cidades onde as demonstrações eram mais violentas – Cairo, Alexandria e Suez.

Apesar de, pelo menos por enquanto, os protestos terem ocorrido a uma distância considerável dos principais pontos turísticos do país, agências internacionais que operam no país se mantêm em alerta. Célebre destino para navios internacionais, o Egito assistiu, nesta semana, a uma série de alterações na rotina dos cruzeiros.

A italiana MSC Cruises, especializada em cruzeiros pelo mediterrâneo, pediu a todos os navios da empresa para evitar a cidade de Alexandria "devido à escalada de violência no Egito, e pela segurança dos clientes". Uma das empresas líderes do ramo, a britânica Thomas Cook – que no início do mês já se viu obrigada a repatriar milhares de turistas britânicos que estavam na Tunísia – continua operando seus navios na região, mas cancelou as excursões diárias para o Cairo como forma de precaução. A situação em populares destinos do Mar Vermelho não sofreu alterações.

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