Porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, fala com jornalistas em coletiva de imprensa em Cabul, Afeganistão, 17 de agosto
Porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, fala com jornalistas em coletiva de imprensa em Cabul, Afeganistão, 17 de agosto| Foto: EFE/EPA/STRINGER

Após a tomada de poder pelo Talibã, o Afeganistão deve ser regido por um conselho governante e o líder supremo do movimento, Haibatullah Akhundzada, provavelmente permanecerá no comando geral, segundo noticiou a Reuters, que ouviu um membro sênior do Talibã.

O Talibã também deve chamar ex-pilotos e soldados das forças armadas afegãs para ocupação de postos, relatou Waheedullah Hashimi, que tem acesso às decisões do grupo, em entrevista à agência de notícias.

A estrutura de poder seria similar à do regime anterior do Talibã no Afeganistão, entre 1996 e 2001, quando o líder supremo Mulá Mohammed Omar permanecia nas sombras enquanto um conselho comandava o governo do país.

Da mesma maneira, Akhundzada seria uma figura acima do líder do conselho, que seria equivalente ao cargo de presidente. Existem três líderes do Talibã logo abaixo do líder supremo: Abdul Ghani Baradar, chefe do gabinete político do grupo no Qatar; Mawlavi Yaqoob, que é filho do Mulá Omar; e Sirajuddin Haqqani, líder da rede Haqqani, um grupo guerrilheiro insurgente que surgiu para combater as forças lideradas pelos EUA e as afegãs.

"Não haverá um sistema democrático de maneira nenhuma porque isso não tem qualquer base em nosso país", disse Hashimi à Reuters. "Não iremos discutir que tipo de sistema político devemos implementar no Afeganistão porque está claro. É a lei da sharia e é isso".