Mural em homenagem aos profissionais da saúde que atuam no combate à Covid-19 em hospital na Província de Buenos Aires, Argentina, 14 de julho
Mural em homenagem aos profissionais da saúde que atuam no combate à Covid-19 em hospital na Província de Buenos Aires, Argentina, 14 de julho| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni/ Gazeta do Povo

O governo da Argentina decretou, nesta quinta-feira, cinco dias de luto nacional após o país ultrapassar as 100 mil mortes por Covid-19, período em que a bandeira nacional permanecerá hasteada a meio mastro em todos os prédios públicos. A medida foi anunciada através de um decreto publicado no Diário da República, no qual o governo expressa "as mais profundas condolências aos familiares dos falecidos".

Da mesma forma, várias personalidades do país expressaram sua dor pelo número de mortos, incluindo os principais jornais argentinos, que publicaram hoje capas especiais em suas edições. Na esfera política, várias figuras, principalmente da oposição, falaram sobre o número de mortos, culpando as políticas do governo Alberto Fernández.

O deputado nacional e presidente no Congresso do bloco Juntos por el Cambio, Mario Negri, pediu ao governo "que se deixe ser ajudado". "É um dia de luto para o país. A pandemia da Covid-19 tirou a vida de 100 mil argentinos. É um preço doloroso que coloca a Argentina entre os piores indicadores mundiais. Espero que o governo se permita ser ajudado para que possamos evitar uma tragédia maior", postou em seu perfil no Twitter.

O deputado Luis Petri também utilizou a mesma rede social para vincular as mortes ao "descaso do governo". "Um governo que improvisou desde a chegada do coronavírus e que, por negligência, milhares de famílias perderam seus entes queridos aos quais nem sequer puderam dizer adeus", publicou.

O ex-presidente Mauricio Macri foi muito crítico em relação à quarentena que o governo ordenou para conter o avanço da pandemia. "A quarentena foi uma desculpa maravilhosa para nos atropelar diariamente e nos subjugar quando circulam livremente, entram e saem do país, não ficam isolados por um dia", disse em entrevista à Rádio Mitre.