Soldado do exército francês patrulha uma área rural durante operação Barkhane no norte de Burkina Faso, 9 de novembro de 2019
Soldado do exército francês patrulha uma área rural em Burkina Faso, onde a atuação de grupos extremistas também aumentou, 9 de novembro de 2019| Foto: MICHELE CATTANI / AFP)

Uma caravana de atiradores emboscou um posto militar no Níger, matando 71 soldados. O ataque tem características de ações de grupos radicais islâmicos que operam na região, disse o ministro da Defesa do país nesta quarta-feira (11). O massacre foi a ofensiva mais mortal contra forças de segurança do país na história.

O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, retornou de uma viagem "por causa da tragédia", informou o seu gabinete pelo Twitter, destacando o rápido avanço no país de extremistas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda.

Os atiradores, em carros e motos, invadiram a base do exército com explosivos na noite de terça-feira, deixando vários feridos e outros desaparecidos, informou a RFI Afrique. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

O derramamento de sangue ocorre menos de uma semana antes de uma reunião entre os líderes da África Ocidental e o presidente da França, Emmanuel Macron, para discutir o futuro papel dos militares franceses na contenção do conflito. O Níger tem trabalhado com forças e tropas francesas de países vizinhos nos últimos anos para conter os distúrbios que deixaram milhares de mortos e forçaram quase um milhão de pessoas a deixar suas casas, segundo a contagem mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU).