A woman passes by the headquarters of Argentina’s Central Bank in the financial district of Buenos Aires on August 20, 2019 after Argentina’s President Mauricio Macri swore Hernan Lacunza in as the country’s new economy minister. – Lacunza made stabilizing the country’s battered currency his top priority Tuesday, while still pledging to meet commitments made to the International Monetary Fund, which is sending a team to Buenos Aires. (Photo by Juan MABROMATA / AFP)
Sede do Banco Central da Argentina, no distrito financeiro de Buenos Aires| Foto: Juan MABROMATA / AFP

O presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA), Guido Sandleris, afirma em comunicado que as medidas anunciadas nesta quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, "constituem uma resposta rápida diante da incerteza política que tem impedido a renovação normal da dívida pública de curto prazo". Segundo ele, as decisões "priorizam o uso das reservas internacionais para preservar a estabilidade monetária e financeira, mesmo que isso implique adiar o pagamento aos grandes investidores da dívida pública".

Sandleris diz que as medidas anunciadas pelo governo devem reduzir a pressão sobre o mercado cambial, "reduzindo a eventual demanda por moeda estrangeira e garantindo a disponibilidade de recursos para reduzir a volatilidade".

Segundo ele, as medidas evitam três erros cometidos em outros casos de "súbita interrupção do acesso ao mercado de crédito". O primeiro erro é "tentar ganhar tempo estimulando artificialmente o sistema bancário para tomar mais dívida pública". "A Argentina tem um sistema bancário líquido, solvente, sem falta de moedas e com baixa exposição ao setor público. O problema no financiamento público de curto prazo não deve contaminá-lo", argumenta.

Outro erro, segundo o presidente do BC, é o "uso imprudente das reservas internacionais do Banco Central para atender os pagamentos de dívida pública", o que limitaria as ferramentas do BC para garantir a estabilidade monetária. Um terceiro erro comum seria imprimir pesos para fazer frente a necessidades de financiamento em moeda local. "Aumentar a base monetária acima do demandado pelo público leva, em definitivo, a uma maior inflação e a pressão cambial", afirma a nota.