Fachada de uma das mais de 400 lojas da rede de farmácias na Colômbia, em 2004.
Fachada de uma das mais de 400 lojas da rede de farmácias na Colômbia, em 2004.| Foto: EFE/Carlos Durán

Um tribunal autorizou a extinção da propriedade dos ativos das farmácias Drogas La Rebaja, que eram um dos grandes símbolos do império do Cartel de Cali, uma das maiores redes de tráfico de drogas na Colômbia. Com a decisão em segunda instância, do Tribunal Superior de Bogotá, as drogarias ficarão sob controle estatal.

Gilberto Rodríguez Orejuela, que morreu em maio em uma prisão nos Estados Unidos e era o principal líder do cartel, fundou a rede de farmácias na década de 1970, e ela acabou se tornando uma das maiores da Colômbia. Atualmente tem mais de 880 lojas, apesar da mancha pela origem ligada ao narcotráfico e outras atividades ilegais, o que a levou até a estar na Lista Clinton, relação do governo americano para pessoas e empresas ligadas ao tráfico de drogas.

Após a queda do Cartel de Cali e de seus líderes, a rede de drogarias ficou em um limbo administrativo que foi resolvido com a criação de uma cooperativa de trabalhadores que a comprou da família Rodríguez Orejuela.

Até hoje, a Copservir continua administrando a empresa em conjunto com a Sociedade de Bens Especiais (SAE), vinculada ao Ministério da Fazenda e Crédito Público, que administra os bens apreendidos para atividades de tráfico de drogas, com a qual firmou convênio no ano passado. Gilberto, junto com seu irmão Miguel, gerenciou dezenas de empresas com as quais lavava dinheiro, incluindo La Rebaja, Blanco Pharma e Laboratórios Kressfor.