O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales.| Foto: AFP

Após a vitória do afilhado político de Evo Morales, Luis Arce, nas eleições presidenciais, a Câmara dos Deputados e o Senado da Bolívia deram início a uma reforma com o objetivo de reduzir a maioria necessária para a realização de alguns procedimentos e nomeações que cabem ao Legislativo. O objetivo é facilitar a “governabilidade” do Movimento para o Socialismo (MAS), partido de Morales e Arce, na próxima legislatura. Ex-presidente do país e candidato derrotado no último pleito, Carlos Mesa disse se tratar de “uma manobra inaceitável e ilegítima”.

Ainda que a legenda tenha vencido a eleição presidencial e conquistado a maior parte do Congresso boliviano, o partido não conseguiu garantir a maioria de dois terços que é necessária para aprovar determinadas medidas. Agora, os parlamentares correm contra o tempo para modificar a regra antes que a atual legislatura termine. Assim, vão garantir que atos como a tomada de decisões sobre as sessões, formação de comissões especiais, aprovação de promoções na polícia e Forças Armadas e nomeação de embaixadores necessitem de, somente, maioria absoluta.