Cubano-americanos manifestam apoio aos protestos em Cuba, em frente ao Restaurante Versailles em Miami, Flórida, EUA, 14 de julho de 2021
Cubano-americanos manifestam apoio aos protestos em Cuba, em frente ao Restaurante Versailles em Miami, Flórida, EUA, 14 de julho de 2021| Foto: CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH/Agência EFE/Gazeta do Povo

Os viajantes que chegarem a Cuba poderão levar alimentos, produtos de higiene e medicamentos sem limites a partir da próxima semana, informou nesta quarta-feira (14) o primeiro-ministro do regime, Manuel Marrero, reconhecendo a extrema escassez de medicamentos em farmácias e hospitais da ilha.

A medida excepcional, que só veio depois de protestos massivos contra a ditadura, entrará em vigor na próxima segunda-feira e permanecerá em vigor pelo menos até 31 de dezembro. Mas espera-se que o efeito dela seja limitado, pelo menos a curto prazo, já que, devido à pandemia de Covid-19, há poucos voos internacionais para Cuba.

A atual legislação cubana sobre a entrada desses produtos com viajantes consiste em um complexo sistema de pontos e limites de peso que estabelece tarifas sobre itens em excesso. No caso de medicamentos, é permitido trazer para o país até 10 quilos. Essas restrições serão eliminadas nos pontos de entrada em Cuba, exceto nos aeroportos de Cayo Coco e Varadero.

Após o anúncio, Yoani Sanchez, jornalista cubana independente, disse: "Não, não queremos migalhas. Queremos liberdade. Não foi derramado sangue nas ruas de Cuba para importar algumas malas extras".